Em defesa das escolas itinerantes do MST

A FUP e seus sindicatos sempre condenaram as tentativas de criminalização do MST…







Imprensa da FUP

 

A FUP e seus sindicatos sempre condenaram as tentativas de criminalização do MST e sempre saíram em defesa da legitimidade das ações dos sem terra na luta pela reforma agrária. Desde o ano passado, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), e o procurador do Ministério Público do estado, Gilberto Thums, intensificaram a perseguição ao MST, alegando, entre outros absurdos, que o movimento representa uma ameaça à segurança nacional.

 

Em março, a Secretaria Estadual de Educação e o Ministério Público fecharam as escolas itinerantes que o MST mantém no Rio Grande do Sul, para atender, principalmente, as crianças e adolescentes dos acampamentos. Desde então, educadores, intelectuais, artistas e diversas lideranças dos movimentos sociais organizados do Brasil e de outras partes do mundo têm se mobilizado para pressionar a governadora tucana e o Ministério Público a reverem esta arbitrariedade.

 

As escolas itinerantes funcionam em barracas de lonas nos acampamentos, em tempo integral, cumprindo o calendário oficial de 200 dias letivos, com aulas voltadas para o ensino fundamental de 1ª a 5ª séries. A escola atua de acordo com as necessidades dos sem terra, com uma estrutura própria para ser desmontada e remontada, cada vez que o acampamento muda de lugar. No Rio Grande do Sul, a escola itinerante foi legalmente aprovada pelo Conselho Estadual de Educação em novembro de 1996 e, desde então, atendia as necessidades e lutas dos acampados.

 

O governo tucano de Yeda Crusius, no entanto, passou a perseguir de forma deliberada o MST. Mas, mesmo sem o reconhecimento e sem o apoio da Secretaria de Educação, as escolas itinerantes continuam funcionando nos acampamentos do estado, levando adiante a proposta pedagógica de Paulo Freire, de educação popular e transformadora, voltada para a realidade e necessidades dos alunos.