Os petroleiros da Refap, no Rio Grande do Sul, estão desde a última sexta-feira, 23, mobilizados contra a redução dos efetivos mínimos que a Petrobrás vem implementando nas unidades de refino. No sábado, 24, à tarde, os trabalhadores começaram a cortar a rendição dos turnos, intensificando a luta em defesa da vida. Em cada grupo de turno, os trabalhadores coletavam assinaturas pelo exercício do Direito de Recusa, como garante o Acordo Coletivo de Trabalho.
Nesta segunda-feira, 26, pela manhã, os petroleiros da operação e da manutenção protocolaram junto ao RH da refinaria os termos assinados, evocando o Direito de Recusa, já que as reduções drásticas de efetivos impostas unilateralmente pela Petrobrás colocam em risco os trabalhadores.
Segundo o diretor da FUP e presidente do Sindipetro-RS, Fernando Maia, a situação na Refap, assim como nas demais refinarias, é grave, pois coloca todos em risco: trabalhadores, as unidades e as comunidades no entorno. “Estamos há tempos denunciando que a refinaria vem trabalhando com efetivos abaixo do necessário e a redução do número de trabalhadores em alguns setores é uma irresponsabilidade que pode ter consequências trágicas”, revelou. “Frente ao alto grau de risco de uma refinaria, qualquer emergência que não tenha o número mínimo de trabalhadores para atuar de forma imediata pode resultar em graves acidentes”, alertou.
Com informações do Sindipetro-RS