Uma carta de compromisso, reconhecimento e reivindicação, foi entregue pelos petroleiros da Bahia ao ex-presidente Lula, na tarde da quarta-feira (25), durante o evento “Combater a Fome e Reconstruir o Brasil”, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), que reuniu representantes de movimentos sociais e sindicais, em Salvador. A Bahia é um dos estados do Nordeste que está sendo visitado por Lula em caravana que começou no dia 15/08. O ex-presidente já percorreu os estados de Pernambuco, Piauí, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte.
Entregue pelo Coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar e pelo Diretor de Comunicação do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa, a carta traz como principal teor a esperança de dias melhores no Brasil, com a retomada dos direitos da classe trabalhadora, da justiça social e da dignidade do povo brasileiro, através da volta ao poder de um projeto democrático e popular, personificado na figura de Lula presidente.
Na carta, assinada pelo Coordenador Geral do Sindipetro Bahia, Jairo Batista, a entidade sindical – em nome dos petroleiros – reconhece a contribuição histórica dada pelo ex-presidente Lula em defesa da democracia, da justiça e inclusão social, da liberdade e autonomia sindical, da representatividade da classe trabalhadora e do fortalecimento das empresas públicas, em especial a Petrobras.
“Entendemos que o senhor é o único nome capaz de reconstruir o Brasil, de dar novas e boas perspectivas para os milhões de desempregados, para os trabalhadores do campo e da cidade, aposentados, jovens, homens e mulheres de todas as raças, credos e orientação sexual” diz um trecho do documento, ressaltando que “a esperança já venceu o medo neste país e, agora, temos certeza, vencerá também o fascismo, o golpismo, as mentiras, a incompetência e a crueldade, que são marcas do governo Bolsonaro”.
Os petroleiros apoiam a pré-candidatura de Lula para presidente nas eleições de 2022 e se comprometem a auxiliar na construção de um Brasil democrático e soberano para todos. No documento, também é abordado o sofrimento dos baianos no governo Bolsonaro e a destruição da Petrobrás no estado.
Na carta, os petroleiros listam as unidades da estatal que já foram vendidas, desmobilizadas, arrendadas e estão à venda na Bahia, chamando a atenção para o desastre econômico e industrial que vai acontecer com a saída total da Petrobrás do estado.
“Queremos fazer um pacto pela democracia, pela soberania nacional, pelo povo brasileiro e também pela Petrobras e seus trabalhadores próprios e terceirizados, pela Bahia e pelo Nordeste” afirmam os petroleiros, que pedem a retomada das unidades da Petrobras que foram privatizadas e reivindicam uma “Petrobras pública, nacional e integrada, que atue do poço ao poste, passando pelo pasto, através dos fertilizantes”.
No documento, eles também pedem “a volta dos concursos públicos e a recuperação dos direitos da categoria petroleira, que vêm sendo usurpados desde o governo golpista de Temer”.
Os petroleiros também falam da importância de recuperar o espaço de negociação na Petrobrás para dar fim aos descontos abusivos da AMS, encontrar formas de fortalecimento da Petros, buscando eliminar o pagamento dos valores relativos ao equacionamento, de recuperar os direitos dos trabalhadores próprios e terceirizados, de retomar a exigência do plano de saúde para os dependentes dos trabalhadores das empresas terceirizadas e melhorar o modelo de contratação da Petrobras de forma a garantir os direitos destes trabalhadores.
Os petroleiros deixam claro ainda que “o resgate da Petrobrás enquanto empresa pública e integrada faz parte da recuperação da dignidade do povo brasileiro, tão aviltada nos últimos anos”.
Enfim, a categoria finaliza a carta afirmando o que espera com a volta de Lula à presidência da República: “queremos um Brasil onde as pessoas sejam valorizadas, que tenham comida no prato, acesso à moradia, à saúde, cultura e educação e que possam viver de forma digna. Para isto, ansiamos pela recuperação do valor de compra do salário mínimo, pelo fortalecimento de programas como FIES, Minha Casa, Minha Vida, o Bolsa Família e Ciência Sem Fronteiras. E ainda pela geração de empregos e combate à fome e à pobreza.
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[Da imprensa do Sindipetro Bahia]