Em Barcelona, CUT apresenta proposta das centrais sobre as questões climáticas

A CUT apresentou nessa segunda-feira (2), em Barcelona, o documento unificado construído…

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A CUT apresentou nessa segunda-feira (2), em Barcelona, o documento unificado construído pelas centrais sindicais sobre a questão climática. Em entrevista coletiva na Espanha, a Secretária do Meio Ambiente da CUT, Carmen Foro, falou sobre a proposta durante a rodada de negociações que começou no dia 2 de novembro e prossegue até o dia 6. O evento antecede a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, marcada para os dias 07 a 18 de dezembro, em Copenhaguen, Dinamarca.

"Vamos pressionar o governo brasileiro para que tome uma atitude audaciosa na defesa do meio-ambiente", afirmou Carmen.

Nesta terça (3), às 16h (horário de Brasília), na Universidade de Barcelona, a dirigente participa de um debate que tratará do compromisso da classe trabalhadora no combate às mudanças climáticas.

Cerca de 4 mil participantes representando 180 países estão no evento que busca definir as regras de um novo acordo sobre o clima, já que o Protocolo de Quioto tem prazo até 2012.

Fundo internacional de adaptação aos efeitos das mudanças climáticas

Em reunião nesse sábado (31), em Barcelona, os ministros do meio ambiente de 24 países selaram um acordo para a criação de um fundo internacional de adaptação aos efeitos das mudanças climáticas. Os países desenvolvidos irão financiar aqueles em desenvolvimento, nas ações para amenizar o aquecimento global, por meio do investimento em ações de combate às alterações do clima em seus países.

O fundo foi aprovado pela Câmara e segue para o Senado Federal.

Compromisso Nacional para o clima

O Brasil terá um papel estratégico de liderança nas negociações. Nesta terça, o presidente Lula se reúne com os ministros para discutir a proposta do Ministério do Meio Ambiente que defende a meta de reduzir em 40% a emissão de gases de efeito estufa até 2020.

Para atingir esse objetivo, o País teria de diminuir em 80% a taxa de desmatamento da Amazônia para o mesmo período, além de queda do desflorestamento nos biomas caatinga e cerrado, gerenciamento de lixo, eficiência energética e investimentos em energias renováveis.

Esse conjunto de propostas leva o Brasil a uma posição de enfrentamento e poder de negociação junto aos países desenvolvidos que não tiveram ainda definidas suas metas colocando o Brasil em uma posição de protagonismo nas negociações.