Em ato na ABI, petroleiros denunciam articulação da Lava Jato para entrega da Petrobrás e do pré-sal

 

Mais de três mil pessoas compareceram na noite de terça-feira, 30/07, à Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, em solidariedade ao editor e fundador do site The Intercept Brasil, Glenn Greenwald. O jornalista está sendo ameaçado de prisão e deportação pelo governo Bolsonaro, em um gravíssimo ataque à liberdade de imprensa.

A FUP esteve presente, junto com diversas entidades da sociedade civil organizada. Estavam lá, a Comissão de Defesa do Estado Democrático de Direito da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), União Nacional dos Estudantes (UNE), Comissão de Juristas pela Liberdade de Imprensa, Associação de Juízes pela Democracia, Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, Comissão Arns de Direitos Humanos, Clube de Engenharia, Federação Nacional dos Jornalistas, Comissão de Direito à Educação da OAB-RJ, entre várias outras organizações.

Também estiveram presentes políticos, intelectuais e artistas como Chico Buarque, Wagner Moura, Renata Sorrah, Zélia Duncan, Maria Gadú, Tereza Cristina, Júlia Lemmertz, Camila Pitanga e Marcelo D2.

O ato, organizado e convocado pela ABI, reforçou a importância da unidade do campo progressista em defesa não só da liberdade de imprensa, mas sobretudo do Estado Democrático de Direito. “O Brasil precisa escolher se vamos ser um país democrático ou um país da tirania. Nosso trabalho confirma que escolhemos o caminho certo da defesa da democracia. E a imprensa livre é uma ferramenta muito poderosa e nós não vamos parar”, afirmou Glenn Greenwald.

Ao ser chamado ao palco, o diretor da FUP, Deyvid Bacelar, denunciou a articulação da Lava Jato com a entrega do pré-sal e da Petrobrás. Sua fala sacudiu o auditório da ABI, lotado com cerca de mil participantes. Outras duas mil pessoas assistiam o ato por telões colocados do lado de fora do auditório e no saguão do prédio.

Ao concluir a sua fala, Deyvid entregou um jaleco da Petrobrás ao jornalista Glenn Greenwald, reafirmando o apoio e solidariedade dos petroleiros ao importante e corajoso trabalho que a equipe do The Intercept Brasil vem realizando.

Os petroleiros há anos denunciam as arbitrariedades de Sérgio Moro, ex-juiz da Lava Jato e atual ministro da Justiça e Segurança Pública.

As ilegalidades cometidas por ele deram legitimidade para o desmonte da Petrobrás e da indústria nacional. A farsa que se tornou a Lava Jato destruiu as instituições e mergulhou o Brasil num caos político, econômico e social sem precedentes.

As reportagens feitas pelo The Intercept Brasil estão revelando o que a FUP e diversas outras entidades da sociedade civil, movimentos sociais, juristas e pensadores já denunciam há tempos: a Lava Jato foi deliberadamente montada para destruir o projeto democrático popular de um país soberano.  A prisão ilegal do ex-presidente Lula fazia parte desse propósito e foi uma ação política, comandada por Moro e sua turma.

Assista à integra da fala do diretor da FUP: 

[FUP]