Mais uma vez a categoria petroleira respondeu ao chamado do Sindipetro-NF, compareceu à assembleia no ginásio Juquinha do Tênis Clube de Macaé e aprovou os indicativos da FUP e sindicatos. Apesar do intenso calor, as pessoas permaneceram no local ouvindo as explicações dos diretores e das assessorias do sindicato. Essa assembleia emocionante reuniu trabalhadores das bases de Imbetiba, Imboassica, Edinc, Barra do Furado e Administrativo e Grupo D de Cabiunas.
Economista do Dieese, Iderley Colombini mostrou para a categoria como foi o andamento das negociações até aquele momento. Também comparou a remuneração dos trabalhadores da Petrobrás com outras empresas como a Shel , Total, BP e a Equinor, comprovando a queda na remuneração.
“Entre 2017 e 2018, há queda na remuneração média anual dos trabalhadores da Petrobrás de 12%. Outras petroleiras mostram que há crescimento (entre 2 % e 7%) e queda de 2% só no caso da Shell” – afirmou Colombini.
O Coordenador do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra falou da importância do sindicato para a categoria e das conquistas da empresa que vieram com muita luta. “Todas as nossas conquistas garantidas no Acordo Coletivo tiveram a luta de muitas gerações envolvidas e garantiram ganhos enormes para a categoria. Essa construção é antiga e nós temos a obrigação de mantê-las” – reafirmou.
Para o assessor jurídico Normando Rodrigues, a campanha salarial estava entrando num momento decisivo de falsas informações e de encaminhamentos de oportunistas, onde a solução era a luta conjunta..
“É verdade sim que no âmbito do direito individual a empresa não pode lesar os trabalhadores em tudo aquilo que está protegido pelo Acordo Coletivo. Por outro lado, o dissídio coletivo, eventualmente a ser julgado pelo TST, em caso de greve, não é a solução dos problemas. O empregado da Petrobras tem sua solução para esse momento fatídico de destruição da empresa e perda de direitos, na mobilização e na atuação coletiva para reconstrução do acordo coletivo de trabalho da categoria. Esse é o foco fundamental.Não há saída no direito individual não há saída no contrato individual e no dissídio coletivo. A saída é mobilização forçando uma nova negociação com a empresa” – disse Normando.
O Coordenador da FUP, José Maria Rangel, analisou o momento como um dos mais difíceis de sua vida sindical, com excesso de práticas antissindicais e a tentativa de destruir o ACT dos petroleiros por orientação política. “Essa é uma das campanhas salariais mais diferentes das que já vivenciamos. Acredito que vamos passar por isso mantendo a unidade e fazendo a luta”.
A votação secreta aconteceu depois das falas da categoria e terminou por volta das 13h.
Confira o resultado dessa Assembleia:
A favor | Contra | Abstenção | |
01 – Rejeição da proposta apresentada pelo TST no dia 19/09. | 64,07% | 30,01% | 5,95% |
02 – Aprovação dos itens encaminhados ao TST, em 26/09, como melhoria à proposta do Tribunal. | 67,29% | 11,93% | 20,83% |
03 – Condicionar a assinatura da eventual aprovação das propostas às assinaturas dos acordos coletivos de trabalho das subsidiárias e da Araucária Nitrogenados. | 55,32% | 15,58% | 29,15% |
04 – Caso não ocorra negociação, greve a partir do zero hora do dia 26/10. | 60,56% | 28,48% | 10,82% |
[Via Sindipetro-NF]