Sindipetro MG alerta que desde o início da atuação da empresa na termelétrica, há atrasos no pagamento de vale alimentação, do vale transporte, da gratificação de férias e do depósito do FGTS
[Da imprensa do Sindipetro MG]
No apagar das luzes de 2021, o Sindipetro/MG recebeu denúncias de que a empresa ELFE, prestadora de serviços da Usina Termelétrica de Ibirité (UTE-Ibirité), atrasou salários e verbas trabalhistas de seus funcionários. Desde o início de sua atuação na termelétrica, a empresa também vem atrasando o pagamento de vale alimentação, do vale transporte, da gratificação de férias e do depósito do FGTS.
No mês de dezembro de 2021, o sindicato já havia cobrado da gestão da Petrobrás uma solução quanto ao atraso do pagamento de salários na ELFE, em reunião do Comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS). Na ocasião, a gerência da UTE-Ibirité se comprometeu em solucionar o caso.
Sobre a situação crítica envolvendo a ELFE, o técnico de operação na termelétrica e diretor do Sindipetro/MG, Felipe Pinheiro, se mostrou indignado e cobrou que a Petrobrás solucione o problema o quanto antes. “É um absurdo que, além de ter que lidar com uma alta carga de trabalho, os trabalhadores tenham que aguentar atrasos nos salários. Além disso, temos recebido reclamações sobre o comportamento do preposto da empresa. Trabalhar na ELFE virou um inferno, a Petrobrás não pode permitir isso. É uma questão de dignidade!” afirmou Felipe Pinheiro.
Um problema nacional
Não é apenas em Minas Gerais que a ELFE vem desrespeitando os seus funcionários. Após a denúncia do Sindipetro/MG, em dezembro de 2021, o sindicato recebeu relatos de que estavam ocorrendo problemas semelhantes em contratos da ELFE em plataformas do Rio de Janeiro.
Na Bahia, o Sindipetro/BA esteve na sede da Cerb em Feira de Santana, na segunda-feira (10), para protestar contra a postura da ELFE, que tem atrasado o salário dos trabalhadores e também a verba rescisória dos funcionários demitidos. Em seu site oficial, o Sindipetro/BA denunciou que o atraso no pagamento dos salários e das verbas rescisórias vem constrangendo os trabalhadores, que têm atrasado o pagamento de suas contas devido a falta de compromisso da empresa.
Privatização, terceirização e precarização: uma tragédia anunciada na Petrobrás
Os problemas enfrentados contra a terceirizada ELFE evidenciam a piora das condições dos contratos feitos pela Petrobrás, indicando a precarização das condições de trabalho a que a categoria petroleira estará submetida caso o governo Bolsonaro avance com o projeto de terceirização irrestrita e a privatização da empresa.
“A Petrobrás tem feito contratos cada vez mais rebaixados e permitindo situações absurdas com os trabalhadores terceirizados. Isso serve de alerta para toda a categoria petroleira sobre os riscos da privatização e sobre o que significa a terceirização. Nós, como categoria, temos de ser solidários e cobrar da Petrobrás que nossos companheiros terceirizados sejam tratados da mesma forma, com respeito” afirma o diretor do Sindipetro/MG, Felipe Pinheiro.