Decisão atende a pedido de ministro do TST, que deu 30 dias para um entendimento sobre mudanças no plano de saúde
[Do Brasil de Fato]
Depois de 22 dias de movimento, trabalhadores do sistema Eletrobras decidiram suspender a greve por todo o país e aguardar retomada das negociações. A paralisação começou em 17 de janeiro, atingindo as várias empresas do grupo, por causa de alterações no plano de saúde impostas pela companhia.
A decisão atende a um pedido do ministro Agra Belmonte, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), onde a empresa instaurou dissídio coletivo. Segundo a assessoria do TST, o relator vem se reunindo com advogados das partes para buscar uma solução. “Durante as conversas, ele propôs a suspensão do movimento, como forma de facilitar as negociações.”
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“Os trabalhadores e as trabalhadoras do Sistema Eletrobras realizaram uma das greves mais fortes e combativas dos últimos anos, com a adesão maciça em todas as empresas”, afirma a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU-CUT). A entidade lembra que está mantido o “estado de greve” na Eletrobras contra “o aumento abusivo e as mudanças no plano de saúde”. E também em defesa da empresa pública, que se encontra entre os projetos de privatizações do governo Bolsonaro. O indicativo de suspensão do movimento “visa a respeitar a abertura de diálogo” com o ministro do TST, reforça o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE).
Empresa estratégica
As entidades sindicais lembram que o relator orientou as partes a reabrir negociação nos próximos 30 dias, “para uma possível mitigação do impacto” do plano de saúde. Se não houver acordo, ele fará uma audiência de conciliação.
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Enquanto isso, a campanha em defesa da Eletrobras pública vai continuar, afirmam os sindicalistas. “Vem sendo atacada por esse governo que faz de tudo para vender uma empresa estratégica para o país a preço de banana, como aponta o relatório do TCU que já se pronunciou sobre as irregularidades até mesmo no valor previsto para uma sua venda”, acrescentam.