Nesta segunda-feira (16 de abril) ocorrem paralisações, atos e manifestações em todos os estados na defesa da Eletrobras pública, eficiente e para todos. É o Dia Nacional de Luta Contra a Privatização da Eletrobras – defesa do patrimônio público, soberania nacional e segurança energética.
Em todos os estados, os trabalhadores e trabalhadoras da Eletrobras estão de braços cruzados em protesto contra a privatização de empresa e suas subsidiárias.
O movimento que começou na manhã desta segunda-feira (16 de abril) é uma resposta ao processo de privatização posto em andamento pelo governo golpista de Michel Temer. E também um ato em defesa do patrimônio público, da soberania nacional e da segurança energética.
Trabalhadores registram imagens da paralisação: Maranhão, Rio de Janeiro, Piauí, Tocantins, Sergipe, Acre, Rondônia, Paraná, Bahia, Amapá, São Paulo, Minas Gerais, Alagoas, Pernambuco, Roraima, Amazonas, Ceará … (acompanhe aqui as mobilizações)
Para o vice-presidente da Federação Nacional dos Urbnitários – FNU, Nailor Guimarães Gato, a privatização da Eletrobras significa aumentos das tarifas, queda na qualidade dos serviços, demissões e perda da soberania nacional. “Trata-se de um problema grave não só para os eletricitários, mas para toda a população brasileira. O aumento da tarifa pode chegar a 30% com a privatização”, aponta.
O dirigente da FNU ressalta que a manutenção do setor elétrico sob controle do Estado não é uma questão ideológica, mas lógica. “Lógico é o Estado controlar um setor estratégico. Se cair na mão da iniciativa privada, eles vão liberar a água do país para energia produzir energia ou vão desviar para o agronegócio ou ‘privatizar’ os rios?”, questiona Gato.
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a venda da Eletrobras vai resultar em um aumento inicial na tarifa de energia de 16,7%, no mínimo. Alguns especialistas apontam reajustes superiores a 70%.
Outro impacto é o corte na tarifa social que garante descontos na conta de energia para pessoas de baixa renda e beneficia mais de 8 milhões de lares brasileiros e será extinta com base na proposta da nota técnica nº 5, proveniente da consulta pública nº 33, que altera o marco regulatório do setor elétrico. Segundo dados da Aneel, do total, 56% dos favorecidos pelo programa estão no nordeste e 24% no sudeste.
A Eletrobras, responsável por mais da metade da energia elétrica consumida no país, controla 47 hidrelétricas, 114 térmicas (energia gerada a partir da queima de carvão, gás ou óleo), 69 eólicas e distribuidoras de energia de seis estados: Acre, Alagoas, Amazonas, Piauí, Rondônia e Roraima. Estão entre os estados com menores IDH do país Piauí, Alagoas e Acre.
Privatizar é promover desigualdade social
Diante de todos esses impactos e retrocessos, permitir a privatização das estatais do setor elétrico é promover maior desigualdade social e negar o acesso à energia para a população mais pobre do Brasil. Assim, para barrar mais esse retrocesso é preciso paralisar os locais de trabalho, fazer atos e manifestações, ocupar ruas, avenidas e praças, além de pressionar os parlamentares em suas bases eleitorais. (com informações: Stiu-DF e FNU)
Em Brasília, nesta segunda-feira (16/4), às 10h, acontece um grande ato em frente ao Ministério de Minas e Energia contra o desmonte do setor elétrico estatal.
VEJA AQUI O VIDEO: Ikaro Chaves, do CNE – Coletivo Nacional dos Eletricitários – e do – Stiu-DF – Sindicato dos Urbanitários do Distrito Federal, explica sobre a luta dos eletricitários contra a privatização da Eletrobras e de todas as atividades previstas no Congresso. Ele também faz um chamado para esta segunda, dia 16 de abril – Dia Nacional de Luta contra a privatização da Eletrobras