Eletricitários de Minas Gerais mantêm greve por tempo indeterminado

 

Sindieletro-MG

A greve dos eletricitários, que começou na última segunda-feira, dia 25, será mantida por tempo indeterminado até que a Cemig volte a negociar e apresente uma proposta satisfatória aos trabalhadores.

Neste segundo dia de greve, os eletricitários começaram a manhã com concentrações nos locais de trabalho, na Grande Belo Horizonte e interior. Em Belo Horizonte, os trabalhadores  realizaram  uma grande concentração na portaria da unidade da Cemig do São Gabriel com passeata até a Avenida Cristiano Machado.

No Jatobá, os trabalhadores fecharam a rua Afonso Vaz de Melo, além das portarias. Os eletricitários do Anel Roviário se deslocaram para o local, para o reforço à concentração. Em Betim também há concentração.

No interior várias localidades estão paradas. Na região do Leste mineiro, os trabalhadores das localidades de Ataleia, Carlos Chagas e Pedra Azul pararam. Em todo o Estado são mantidos serviços essenciais e chamadas de emergência são atendidas.

Motivos da greve

Informamos que o movimento dos trabalhadores é conseqüência da falta de resposta da Cemig às reivindicações da categoria. A pauta foi entregue à empresa em 16 de outubro, mas a direção da Cemig só realizou a primeira reunião de negociação 30 dias depois. Na reunião, a empresa ainda deixou sem resposta quase toda a pauta dos trabalhadores.

Os eletricitários reivindicam direitos fundamentais como a proteção à vida. Para isso, cobram a assinatura pela Cemig e sindicatos de um Pacto pela Saúde e Segurança para combater os altos índices de acidentes fatais com eletricitários a serviço da empresa. Desde 1999, ocorreram 114 acidentes com mortes de trabalhadores a serviço da empresa  e dezenas de acidentes graves que deixam eletricitários mutilados.

Outras reivindicações dos eletricitários são a garantia de emprego, concurso público, aumento real de 10%, a título de produtividade, transferência dos trabalhadores da Cemig Serviços para a Cemig Distribuição, com o cancelamento das demissões. Mas a empresa ofereceu apenas a correção dos salários pela inflação oficial nos últimos 12 meses medida pelo INPC. Também não há acordo na negociação da divisão dos lucros já que a proposta da empresa para Participação nos Lucros ou Resultados  (PLR) privilegia gerentes e superintendentes.

O segundo dia de greve está sendo marcado por concentrações nas portarias da Cemig na Grande Belo Horizonte e interior, mas atividades essenciais à população estão sendo mantidas  e as chamadas de emergência atendidas.