Assim como ocorreu no Brasil, Argentina, Bolívia, Equador, Uruguai e Venezuela, o Peru interrompe um ciclo de governos neoliberais…
Imprensa da FUP
A vitória do socialista Ollanta Humala nas eleições peruanas fortalece e amplia as forças progressistas na América Latina, continente que vive nos últimos anos importantes transformações sociais e políticas. Assim como ocorreu no Brasil, Argentina, Bolívia, Equador, Uruguai e Venezuela, o Peru interrompe um ciclo de governos neoliberais e dá um basta ao projeto das elites de privatizações e desregulamentação de setores estratégicos da economia. Ollanta foi eleito pelos pobres e indígenas, que há 20 anos sofrem as conseqüências de 20 anos de neoliberalismo, período em que a economia do Peru cresceu às custas do enfraquecimento do Estado, controlado pelas multinacionais e elites brancas, que se beneficiaram com as privatizações e expropriações de petróleo, gás e minérios (o país é o maior produtor mundial de cobre e zinco e um dos principais produtores de ouro, prata, chumbo, estanho e telúrio). O resultado é um país com imensas desigualdades sociais, extrema concentração de renda, desemprego, fome e desmantelamento dos serviços públicos.