O jornalista e escritor Norian Segatto, que há doze anos responde pela edição do Jornal Petroleiros, lançou no dia 3 de setembro, na Livraria da Vila, em São Paulo, seu segundo romance, A estrela do abismo. E o tema não poderia ser mais forte e atual, o suicídio. Suicídio não é tema novo na literatura, mas um terreno sempre árido por tratar do limite da existência. Albert Camus, em 1942, escreveu no ensaio O mito de Sísifo que “só há um problema filosófico sério: o suicídio”. Escritores e escritoras de origens diversas vivenciaram, ficcionalmente ou não, a experiência da morte voluntária. A poeta estadunidense, Sylvia Plath, e a escritora britânica Virginia Woolf, são dois casos em que a depressão venceu a vida. O ritual do escritor japonês Yukio Mishima, cometendo seppuku (haraquiri), é outra faceta deste fenômeno que acompanha a humanidade e que Carlos Drummond de Andrade chamou de “dis-solução”.
No romance, após o suicídio de sua mãe, Clara embarca em uma obsessiva jornada para compreender as razões do gesto de Eva. Essa busca vai ensejar perguntas para as quais não há respostas aparentes e revelar uma intricada trama psicológica entre mãe e filha. Clara passa a “vivenciar” experiências de sua mãe, descobrir aspectos da sua vida até então desconhecidos e, a partir desses fragmentos, construir o “quebra cabeça” que levou Eva a várias internações, tentativas de automutilação e a um feroz embate com Deus.
Paralelamente, o CoRpo – Comando Revolucionário Popular – grupo que prega a luta armada, mas não apresenta um ideário ideológico definido, planeja mais um atentado a um importante e ambicioso político. Abismos pessoais e sociais se mesclam nesta narrativa ágil e instigante em um perturbador mergulho na alma humana.
O livro foi contemplado pelo segundo Edital de Publicação de Livros da Secretaria de Cultura do Município de São Paulo.
A obra pode ser adquirida nas livrarias ou diretamente pelo site da Editora Limiar: www.editoralimiar.com.br
[Com informações do Sindipetro Unifcado de SP]