Economista do Dieese, Cloviomar Cararine, alerta que esse ano acontece o primeiro leilão do modelo de partilha

 

Sindipetro NF

Ainda na parte da manhã aconteceu uma palestra com o técnico da subseção do Dieese, o economista Clovioma Cararine, sobre o setor de petróleo e gás no Brasil. Cararine abordou a importância histórica do petróleo e a importância das matrizes energética para nosso país. Cinquenta e quatro porcento da nossa matriz vem de energias não renováveis e 45% de energias renováveis, o restante se divide em energia hidráulica, biomassa, entre outros.

Alerta

Cararine alertou para o fato de estar marcado para esse ano a primeira rodada do modelo de partilha, que aconteceria em novembro e foi antecipado para outubro. O campo que será leiloado será o de Lira na Bacia de Santos, cuja expectativa da ANP é de produção de 26 a 42 bilhões de barris. “No próximo dia 11, a ANP realizará no Rio de Janeiro uma audiência pública para regulamentar o modelo de partilha desse leilão, tem 140 vagas para participação e o movimento sindical petroleiro precisa estar presente nesse momento” – chamou atenção Cararine.

Leilões

Em 2006 ocorreu a descoberta do pré-sal, quando acontecia a oitava rodada de leilões. Nesse momento o governo retirou as áreas referentes do leilão e teve início a discussão de um novo modelo para exploração do petróleo.No ano seguinte chegou a ocorre mais uma rodada e em 2010 foi criada a Lei 12.351/10 que definiu as regras de partilha, criou o fundo social e a formação de uma empresa pública para gerir esse modelo.

Uma nova rodada só aconteceu esse ano, quando 30 empresas operadoras (18 estrangeiras e 12 nacionais) arremataram 142 blocos, desses 88 blocos, em áreas de risco maior, foram arrematados por empresas nacionais. A Petrobras ficou com 34 blocos, sendo operadora de 12. A OGX que o mercado dizia que estava com problemas financeiros também arrematou uma parcela e Cloviomar chamou atenção para o fato da empresa Ouro Preto, de propriedade de Rodolfo Landim, ter arrematado três blocos.