Dor, indignação, revolta e preocupação com o avanço da violência política, incentivada pelo presidente Jair Bolsonaro. Esses são os sentimentos da direção da FUP diante do assassinato do guarda municipal, Marcelo Aloízio de Arruda, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores em Foz do Iguaçu (PR) e diretor do Sindicato dos Servidores Municipais.
Ele foi morto, na madrugada deste domingo (10), por um bolsonarista, que invadiu, aos tiros, o salão de festas onde comemorava seus 50 anos com a família e amigos. Aos gritos de “aqui é Bolsonaro” e ofensas contra o PT, o assassino, identificado como o policial federal penitenciário, Jorge José da Rocha Guaranho, já havia ameaçado Marcelo alguns minutos antes, quando parou de carro em frente ao salão de festas, que estava decorado com bandeiras do PT e imagens de Lula, e disse que voltaria.
Nem mesmo a intervenção da esposa do policial bolsonarista, que estava no carro com um bebê de colo e pediu para que parasse de ofender o petista, o fez mudar de ideia. Descontrolado, ele retornou ao local da festa e saiu do carro já com a arma em punho, como mostram os vídeos das câmaras de segurança do local, que foram divulgados pela imprensa.
As imagens mostram que, após ter sido baleado e caído no chão, Marcelo atirou contra o policial, o que, segundo testemunhas, evitou uma tragédia ainda maior. Os convidados da festa relataram que o petista havia pego sua arma funcional para se proteger, após as ameaças feitas pelo policial de que voltaria ao local da festa.
Marcelo morreu na frente de sua esposa, de seus filhos e amigos, vítima de um crime bárbaro, que é reflexo do discurso de ódio alimentado por um presidente fascista, que arma a população e ameaça a democracia, pregando a violência e a intolerância política.
O assassino está internado em estado grave e, segundo as últimas informações da imprensa, teve a prisão preventiva decretada.
A FUP e seus sindicatos se solidarizam com os familiares que são vítimas desta tragédia anunciada e exigem que as autoridades do país tomem as medidas cabíveis para impedir que crimes políticos, como este, voltem a se repetir.
É urgente estancar a onda de ódio e intolerância, que vem sendo alimentada por Bolsonaro e sua turma. O presidente da República precisa ser responsabilizado!
Marcelo, como a grande maioria dos brasileiros e brasileiras, defendia um Brasil plural, democrático, sem miséria e sem violência. Continuaremos juntos, defendendo seus ideiais, na luta pela reconstrução do país, contra a injustiça e a intolerância.
Companheiro Marcelo Arruda, presente!
Federação Única dos Petroleiros