É preciso reagir à privatização do E&P na Bahia

Sindipetro BA

O avanço da iniciativa privada nas atividades hoje executadas pela Petrobrás na área do E&P e o desmonte que ocorre nas sondas, nos campos terrestres e plataformas aumentam ano a ano e assustam.

O sistema Petrobrás envolve hoje cerca de 350 mil trabalhadores terceirizados no país; na Bahia esse número também é muito alto.

As ações de setores da empresa visam atender ao apetite insaciável da iniciativa privada, que avança em todas as áreas das atividades do setor petróleo

Portanto, não se pode enxergar o desmonte do E&P e da sondagem, ao repassar essas atividades à iniciativa privada – seja nos campos terrestres, nas sondas e plataformas – dissociado dos interesses econômicos de empresas que tem força política porque financiam campanhas de diversos candidatos.

Se antes esse apetite privado era saciado por pequenas concessões  da Petrobrás e suas Subsidiarias, isso já não satisfaz diante da gula do capital privado que avança para outras áreas, com o capital financista (eleitoral) correndo célere sobre as atividades da UO-BA, CPT, CPM, etc. O setor privado agora quer ser o dono negócio. Basta de intermediários.

Tudo isso ocorre com aval explícito da Agência Nacional de Petróleo\ANP e o disfarçado apoio do governo estadual, através de conhecida Secretaria de Governo, sob o argumento de que a Petrobrás deveria concentrar suas atividades nos grandes campos, em especial na área marítima, repassando os campos terrestres à iniciativa privada.

E qual a relação entre o Mobiliza, Procop, PIDV e o desmonte das atividades  geridas diretamente pela Petrobrás¿

Gerentes, alguns engenheiros e supervisores e outros que trabalham em "mão dupla" são ao mesmo tempo “companheiros e interessados no desmonte”, de forma direta ou indireta, na terceirização e consequente precarização. Ou no português claro: são "testas de ferro", "laranjas" ou mesmo donos de empresas interessadas no apetitoso e inesgotável mercado do setor petróleo. 

Tem ainda “agentes externos” comprometidos com alianças políticas da ampla base de sustentação ao atual governo, nos níveis municipal, estadual e federal, que fragilizam a defesa dos interesses dos trabalhadores próprios em benefício das caixinhas eleitorais.

É preciso, portanto, que os trabalhadores se unam à direção do Sindipetro Bahia nesta luta. Vamos envolver os parlamentares comprometidos com os reais interesses da categoria e denunciar tudo isso no Congresso, pressionar a presidente Graça Foster para reverter esse processo e até mesmo a presidente Dilma Rousseff, lembrando que este ano temos eleições em todos os níveis. 

Se nada disso surtir efeito, vamos à greve pela manutenção do emprego e pela dignidade dos trabalhadores do Sistema Petrobrás.

Calendário

A direção do Sindipetro Bahia decidiu fazer reuniões setoriais, assembleias, mobilizações, atos, seminário e até uma greve por tempo indeterminado, para conscientizar os trabalhadores das ameaças e tentar barrar todo esse processo de reestruturação.  

·         De 10 à 14/02 – Reuniões Setoriais

·         De 17 à 21/02 – Assembleias

·         De 27/02 à 04/03 – denúncias sobre o desmonte da estatal na Bahia nos espaços públicos durante o carnaval (Mudança do Garcia, Saudade e Folia e  Bola Cheia).

·         Dia 08/03 – Seminário: Qual o futuro do E&P e da sondagem na Bahia