Duplas 14 e 22 avaliam resultado da eleição

Aos companheiros e companheiras, eleitores, militantes e todos os que apoiaram as duplas 14 e 22 na eleição da Petros.

Nós, integrantes das duplas 14 e 22, juntamente com a direção da FUP e seus sindicatos filiados, agradecemos a confiança depositada nas nossas propostas para a Petros.

Deixamos aqui um grande abraço a todos os que nos ajudaram. Todos os que trabalharam e dedicaram tempo precioso, no propósito de levar nosso projeto e a nossa mensagem, ao maior número de pessoas possível.

A força da categoria petroleira e dos demais participantes e assistidos da Petros nos enche de orgulho e nos faz repletos de responsabilidades e muito senso de compromisso.

O compromisso de estarmos sempre ao lado de quem quer uma Petros sólida, ampla e pautada na responsabilidade com o patrimônio que pertence aos seus participantes e assistidos.

Temos certeza de que fizemos o melhor trabalho e apresentamos as melhores propostas nesta campanha.

Entretanto, reconhecemos que continua muito baixa a participação dos trabalhadores da ativa, dos aposentados e pensionistas, num percentual de apenas 20% de quase 150 mil participantes e assistidos da Petros.

Apesar disso, avaliamos como extremamente positiva a nossa votação e a receptividade encontrada junto aos companheiros e companheiras, tanto para o Conselho Deliberativo, onde conquistamos 8.851 votos, como para o Conselho Fiscal, onde recebemos 9.259 votos.

OS PROBLEMAS DA ELEIÇÃO

Iniciada dia 13 e encerrada nesta segunda (27/05), a eleição para os Conselhos Deliberativo e Fiscal da nossa Petros deixa, infelizmente lições ruins.

Ruins e lamentáveis no que diz respeito à tecnologia e a gestão dos atores

envolvidos: a Petros, a Petrobrás e suas subsidiárias. É sabido e notório que são muitas as reclamações – sem falar no estresse – relacionadas aos diversos bloqueios e obstáculos que os participantes e assistidos enfrentaram para exercer o sagrado direito de votar, no Sistema Intranet/Petronet ou para obter, por telefone, a segunda senha de votação, fatos esses que ocorreram desde o início da votação até, praticamente, às vésperas do seu encerramento.

Não se concebe nos tempos de hoje, com o avanço tecnológico, que a TI envolvida no processo eleitoral – e este não foi o primeiro – apresente tanta dificuldade para resolver os problemas que ocorreram durante a votação e que isso tenha causado os prejuízos que presenciamos ao ato do exercício livre do voto.

Inconcebível tantos erros dos agentes envolvidos. O resultado de tudo isso pode ser aferido na ínfima participação do eleitorado, menos de 20% do total.

Quem participou ou tentou participar da votação conhece os fatos: o acesso, não “acessava”, a Intranet/Petronet e não concluía a votação, o portal Petros, idem; o telefone 0800, para solicitar a segunda senha, não completava a ligação e, pasmem, no sábado e domingo, esse serviço não funcionava; uma gravação comunicava ao eleitor, que somente de segunda a sexta, até às 18h ele poderia solicitar uma segunda senha. Um absurdo sem tamanho.

Esperamos que todos os problemas que ocorreram desperte, de uma vez por todas, a consciência dos gestores da Petros, da Petrobrás e suas Subsidiárias e que isso sirva de lição, pois o limite dos absurdos e dos prejuízos alcançou o teto.

Que os erros sejam corrigidos de imediato e que, nas próximas eleições, os participantes e assistidos da Petros não passem os mesmos vexames e sofrimentos de agora.

Quanto à campanha, nossos adversários nos atacaram com mentiras, fizeram da eleição um vale-tudo. Repudiamos essa prática, pois, não é a forma de construir a organização dos trabalhadores: despolitiza e afasta as pessoas da participação coletiva.

De que adianta ganhar a eleição e deixar rastro de terra arrasada por conta dos ataques a outras entidades sindicais e pessoas que, em tese, também estão na luta pelos direitos dos trabalhadores? 

AVALIAÇÃO E OMISSÃO

Infelizmente, apenas 19,33% do total de eleitores votaram. Desta forma, prevaleceu a omissão, e TODOS saímos perdedores, pois, de cada 10 participantes da Petros, mais de 8 não se posicionaram, ou seja, 81% dos participantes não se interessam pelo processo de escolha de gestão da Petros. 

Este é um grave problema para todos os verdadeiros sindicalistas que, de fato, se preocupam com o futuro da Petros.

É fato que a maioria não estava sintonizada com o significado dessa eleição. Fica então a inquietante dúvida: por que os participantes Petros não se interessam em quem vai gerir e cuidar do SEU DINHEIRO? Esta é a pergunta que não quer calar.

Conclusão: se considerarmos o percentual de participação como uma nota de 0 a 10, os atores desta eleição ficaram com a nota 2. Todos que participaram estão incluídos, principalmente e a Petros e a Petrobrás, cujos computadores passaram, a maior parte do tempo, sem comunicarem-se direito, entre si, dificultando e desestimulando o voto.

Outra questão para nossa reflexão: Como ficará a categoria petroleira, que compõe a grande maioria destes 81% de eleitores omissos, em especial para quem está em começo de carreira, quando precisar da sua Petros daqui a vinte, trinta anos?

Portanto, este é o nosso maior desafio: conseguir que a maioria dos participantes e assistidos da Petros se preocupe com o que é patrimônio coletivo. O que é de todos precisa do carinho, do cuidado e da atenção de todos, e não da omissão e do “deixa que alguém cuida”. 

CONFIRA OS RESULTADOS

Total de participantes da Petros: 149.551

Total de votantes: 28.919 (19,3%)

Votação Conselho Deliberativo:

Dupla 11: 09.9% – 2.773
Dupla 12: 39,2% – 10.997 (eleitos)
Dupla 13: 19,4% – 5.423
Dupla 14: 31,6% – 8.851

Diferença: 2.146 votos
Brancos: 898
Nulos: 491

Votação Conselho Fiscal:

Dupla 21: 22,3% – 6.149
Dupla 22: 33,6% – 9.259 
Dupla 23: 06,7% – 1.835
Dupla 24: 37,4% – 10.287 (eleitos)

Diferença: 1.028 votos
Brancos: 560
Nulos: 33