Em P-54 está virando rotina a dupla função. Na unidade, os operadores de facilidades F2 estão tendo que desempenhar a função de F4 e vice versa. Existiam cinco trabalhadores em cada função, e para cobrir buraco, a gestão remanejou cinco operadores para a manutenção. Como muitos equipamentos não operam no automático, só no manual, esses trabalhadores estão sobrecarregados. A denúncia foi encaminhada pelos trabalhadores que dizem que essa situação acontece há uma semana, sem que os trabalhadores ou o sindicato fosse informado.
Mais uma vez a diretoria do NF lembra que a questão do baixo efetivo está intimamente ligada à política de sucateamento da empresa feita pelo governo Temer, que engloba o Programa de Demissão Voluntária dentro da Petrobrás (PIDV). Por conta desse programa, falta pessoal nas unidades e quem ficou na companhia está tendo que acumular função, precarizando ainda mais a segurança dos profissionais, que também não recebem ao menos treinamento específico para as outras funções que vai desempenhar.
Outra situação grave que está acontecendo em P-54 por conta do baixo efetivo é que as equipes de bote de resgate e baleeira estão sendo compostas por terceirizados. Para o NF, o agravante nessa situação é que há alta rotatividade de terceirizados, o que não possibilita um conhecimento total da plataforma, como é o caso do empregado primeirizado que é lotado na unidade.
Segundo o diretor Sergio Borges, o Sindipetro-NF está buscando uma mesa de intermediação com o Ministério do Trabalho para tratar desse tema relativo às equipes de segurança.
Fonte: Sindipetro-NF