Divisionistas de braços dados com as gerências!

Leia o editorial da FUP





Leia o editorial publicado na edição 1004 do Primeira Mão:

Enquanto a FUP e seus sindicatos intensificavam a luta contra o surbônus e por uma PLR mais igualitária e democrática, os divisionistas faziam o jogo das gerências da Petrobrás. Sem luta e mudos em relação ao bônus, eles enterraram a campanha da PLR, tentando, mais uma vez, iludir a categoria, na espera de uma nova proposta que pudesse vir a ser conquistada pela FUP. Ainda em julho, no mesmo dia em que os petroleiros se mobilizavam em vigílias pelo país afora, o Sindipetro São José dos Campos assinava o acordo de PLR, enfraquecendo a luta da categoria. Mesmo assim, os petroleiros seguiram em frente no embate com os gestores da Petrobrás, resistindo e pressionando com mobilizações e atos políticos na Reman e no Rio de Janeiro.

Sem politizar o debate com a categoria para não contrariar seus aliados gerentes, os divisionistas ainda tiveram a cara de pau de indicar greve de 48 horas, banalizando um dos principais instrumentos de luta da classe trabalhadora. Sem luta e sem moral, realizaram assembléias corridas e foram os primeiros a assinar o acordo, deixando claro que não tinham qualquer compromisso em construir a pseuda greve. Fingiam que lutavam para entregar de bandeja aos gerentes a campanha de PLR.

E, ainda assim, os divisionistas continuam alegando que a FUP é governista e chapa branca, quando todo mundo sabe que foram eles que fugiram da luta para preservar seus aliados defensores do bônus. Só que desta vez, não têm mais a velha desculpa de que foram atropelados pelos indicativos da FUP. A categoria sabe muito bem a quem servem os dissidentes e está reagindo contra a divisão da classe trabalhadora. Os petroleiros do Rio Grande do Sul, do Maranhão e do Rio de Janeiro já apontaram o caminho, aprovando a volta à FUP. Até mesmo os petroleiros da Petrobrás Bolívia buscaram a filiação à FUP, pois conhecem a nossa história e sabem a importância da unidade em torno de uma entidade de luta e respeito. A disputa velada dos gerentes pelos bônus derrubou de vez a máscara dos divisionistas e reafirmou a importância da reconstrução da unidade nacional dos petroleiros em torno da FUP.