Diretores do Sindipetro NF são barrados no aeroporto de Cabo Frio e denunciam truculência

Diretores do Sindipetro-NF foram impedidos de entrar, na manhã de hoje, no saguão do aeroporto de Cabo Frio. No mesmo local, em 10 de junho, a gerência chamou a polícia para tentar coagir trabalhadores a embarcar, durante um ato realizado pelo sindicato, e policiais chegaram a invadir área sanitária.

O sindicato condena a truculência da Petrobrás. A atitude da empresa caracteriza prática antissindical e será denunciada pela entidade. Os diretores Alessandro Trindade, Gustavo Morte e Alexandre Vieira, que estavam no aeroporto para conversar com os trabalhadores, respeitando o distanciamento como tem feito nas demais setoriais, gravaram um vídeo para relatar a situação.

Para Trindade — ele mesmo um exemplo da truculência da empresa, que é alvo de processo de demissão por ter distribuído cestas básicas em uma ocupação popular em área doada à Petrobrás —, a empresa não vai conseguir intimidar o sindicato.

“Fomos notificados pela administração do aeroporto de Cabo Frio da proibição [de entrar] no saguão. Uma prática antissindical que vem sendo repudiada pela direção do Sindipetro-NF”, afirmou Alessandro, complementando que “o sindicato vai denunciar as práticas antissindicais e não vai deixar de dialogar com os trabalhadores”.

O diretor Gustavo Morete apontou a incoerência da empresa, que em suas respostas oficiais afirma adotar medidas de proteção à Covid-19 mas, na prática, não adota recomendações e ainda barra a ação sindical no sentido da prevenção.

“A gente trouxe as máscaras PFF-2, como a gente tem feito, e também [viemos] dar orientação para os trabalhadores, falar a respeito da testagem a bordo, que não está sendo feita, do uso da máscara adequada”, disse Morete, que advertiu ainda sobre a grande quantidade de variantes do novo coronavírus em circulação no estado do Rio de Janeiro.

A incongruência da gestão da companhia também foi lembrada por Alexandre Vieira, que questionou: “eu pergunto à empresa se ela está testando todo o pessoal do check in, se está testando todo o pessoal do hotel, se ela cumpre as recomendações de 31 de março do MPT [Ministério Público do Trabalho] de testagem a bordo, se ela está entregando, e a gente viu que não está, a máscara PFF-2.”

[Da imprensa do Sindipetro NF]