Depois da implantação das novas leis da contrarreforma trabalhista a Petrobrás não vai mais ter Concurso Público ou PIDV, foi o que disse o diretor de Assuntos Corporativos da empresa, Hugo Repsold, durante sua participação no Offshore Technology Conference, que acontece esta semana no Rio de Janeiro.
“Nunca mais vai ter concurso para 2 mil pessoas. Agora, vamos fazer concursos de 100 pessoas, 50 pessoas, de 30 vagas, coisas pontuais para resolver aposentadorias. No caso dos PIDVS, a ideia é fazer acordos diretos com os trabalhadores, um novo modelo possível a partir da reforma trabalhista, que passa a valer no mês que vem”.
Como a FUP e seus Sindicatos filiados já vêm alertando, a atual direção da Petrobrás só quer saber de maximização de lucro e conduzem a empresa como se fosse privada. Após o dia 11 de novembro, Repsold demonstrou em sua fala que a intenção é a redução dos direitos dos trabalhadores.
Desde 2014, a empresa já reduziu 16 mil cargos de trabalho com os dois Planos de Incentivo à demissão voluntária. Além disso, desde o começo deste ano, a empresa reduziu o número mínimo seguro agravando as incidências de acidentes nas fábricas. Os Sindicatos e a FUP realizaram ações na justiça contra a redução e exigem a recomposição do efetivo com a realização de concursos.
Repsold também informou que sua área está elaborando um novo programa para organizar as contratações, chamado de Plano da Força de Trabalho (Plafort). O objetivo é fazer projeções sobre a demanda de contratações ou demissões sempre que houver revisão do plano de investimentos da companhia.
Com isso, a Petrobrás dá claros indícios de que irá institucionalizar as novas regras da contrarreforma retirando direitos dos petroleiros. O Acordo Coletivo de Trabalho depende do tamanho da luta dos trabalhadores.