Direção da Petrobrás veta participação de diretor do Sindipetro PR/SC em reunião de negociação

Começou mal a primeira rodada de negociação com o RH nacional da Petrobrás, nessa quinta-feira (15), para discutir a pauta de reivindicações da categoria.

A convite do Sindipetro Bahia, o diretor do Sindipetro Paraná/Santa Catarina, Alexandro Guilherme, entrou na sala virtual onde ocorria a reunião, mas a direção da Petrobrás não aceitou a presença do dirigente sindical e pediu que ele se retirasse.

A reunião que tinha previsão de durar uma hora para tratar da parada de manutenção da RLAM, não chegou a ocorrer por conta do debate, que durou cerca de 42 minutos, sobre a posição arbitrária da gestão da Petrobrás de não permitir a participação de um diretor com vasto conhecimento no assunto, que foi convidado para ajudar nos encaminhamentos.

Os coordenadores da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar e do Sindipetro Bahia, Jairo Batista, assim como o diretor de comunicação do Sindipetro, Radiovaldo Costa, presentes na negociação, entenderam a atitude da Petrobrás como uma afronta ao convidado, à FUP e ao sindicato. O gerente do RH Fabrício informou que não seria possível prosseguir a reunião, nesse dia, tendo o tempo já transcorrido.

Assessoria especializada

Guilherme estava na reunião para tratar de temas relacionados à RLAM e não à REPAR. O petroleiro, que trabalha há 15 anos na Petrobrás como técnico de inspeção de equipamentos e instalações mecânicas, é também engenheiro mecânico, bacharelando em direito, auditor de SPIE e foi membro da COMCER de 2016 a 2019. Nesse período, representou a COMCER em diversas auditorias de SPIE (realizadas pelo IBP) como observador, inclusive de refinarias como Reduc, RNEST e RLAM.

Portanto, por ter conhecimento sobre o assunto da pauta que era sobre a parada de manutenção, que Guilherme foi convidado pelo Sindipetro para participar da reunião.

A postura da direção da Petrobrás está cada vez pior, com restrições, censuras e discriminações absurdas, que nunca aconteceram na história da empresa.

É direito da entidade sindical convidar assessores, dirigentes de outros sindicatos ou qualquer pessoa que detenha conhecimento sobre assuntos específicos. Em momento algum, o Sindipetro levantou a possibilidade de consultar a empresa sobre a presença do dirigente sindical, pois não esperava essa discriminação e descortesia por parte da gerência da Petrobrás.

Em nome da boa fé negocial, o Sindipetro voltará à mesa de reuniões, convidando um outro consultor, o diretor da FUP, Antônio Raimundo Teles Santos, representante dos trabalhadores na COMCER, diretor de SMS da FUP e, também, Inspetor de Equipamentos e especialista em NR 13.

Fonte – Sindipetro Bahia