Dilma é eleita com o compromisso de que o petróleo seja do povo brasileiro

Mais uma vez, a luta contra a privatização da Petrobrás e do petróleo brasileiro esteve no centro da eleição presidencial…





Imprensa da FUP

Mais uma vez, a luta contra a privatização da Petrobrás e do petróleo brasileiro esteve no centro da eleição presidencial e foi decisiva para a vitória de Dilma Rousseff. A primeira mulher a ocupar o mais alto cargo da administração pública do país foi eleita com o compromisso de acabar com a miséria, continuar fortalecendo a Petrobrás e de que o petróleo seja explorado em benefício do povo brasileiro. Em seu discurso de posse, Dilma reafirmou que “definitivamente, não alienaremos nossas riquezas para deixar ao povo só migalhas”, referindo-se ao pré-sal. “O Fundo Social é mecanismo de poupança de longo prazo, para apoiar as atuais e futuras gerações. Por meio dele queremos realizar muitos de nossos objetivos sociais. Ele é o mais importante fruto do novo modelo que propusemos  para a exploração do pré-sal, que reserva à Nação e ao povo a parcela mais importante dessas riquezas”, ressaltou a presidente em seu primeiro pronunciamento à população.

Vitória histórica

A eleição de Dilma Rousseff é sem dúvida um marco na história do país. Além de ser a primeira mulher que sucederá um operário na Presidência, Dilma é também um símbolo de resistência e luta em defesa da democracia e da soberania nacional. Se durante a ditadura militar, resistiu à tortura, à opressão e à prisão política, nesta campanha eleitoral, ela, mais uma vez, mostrou a sua força, resistindo às campanhas de difamação e ataques da ultra direita, que colocaram em xeque as instituições e a própria República. A vitória de Dilma, portanto, consolida o amadurecimento da democracia, a vontade soberana da maioria da população, que quer continuar avançando na construção de um Brasil menos desigual, mais solidário e com oportunidades para todos. A vitória de Dilma também extrapola as fronteiras do país e reforça a onda progressista que inunda a América Latina e aponta para o mundo a importância de um projeto de esquerda democrática, que garante o crescimento econômico com distribuição de renda, justiça social e democracia.

Encontro com a FUP

Antes de ser consagrada nas urnas por quase 56 milhões de brasileiros (56% dos votos válidos), Dilma fez questão de encerrar suas atividades do comitê de campanha reunindo-se com a FUP. O encontro ocorreu no dia 29, em Brasília, e durou mais de uma hora, período em que os dirigentes sindicais e a então candidata debateram a importância estratégica da Petrobrás e do pré-sal para o país e a diferença clara entre os dois projetos políticos que estavam em disputa na eleição. Questões da agenda da categoria, como segurança e terceirização, também foram abordadas pela Federação na reunião.

Unidade contra o retrocesso

A indignação contra a campanha suja da ultradireita e o risco iminente de retrocesso unificaram a esquerda, levando às ruas movimentos sociais, sindicais e estudantis, em um movimento nacional de apoio à candidata do Partido dos Trabalhadores. Os petroleiros, assim como várias outras categorias, montaram comitês nos estados do país, mobilizando a classe trabalhadora na luta pela eleição de Dilma. No Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Recife, Maceió, entre tantas outras capitais, os petroleiros fizeram passeatas e manifestações contra o retrocesso que representava o risco de eleição de José Serra, candidato da direita, apoiado pela mídia e por setores conservadores do país, que mobilizaram até o Papa na tentativa de impedir a vitória de Dilma.

Sem lutas, PSTU fica em cima do muro

Derrotado nas urnas, o PSTU/Semlutas passou todo o segundo turno da eleição pregando o voto nulo. Mais um equívoco histórico dos divisionistas, que colocaram em risco as conquistas e avanços dos petroleiros e de todos os brasileiros que melhoraram de vida durante o governo Lula. Sem lutas e sem assumir lado numa disputa clara entre dois projetos antagônicos de país, o PSTU, mais uma vez, fez o jogo da direita. Novamente, eles deixaram claro que só têm compromisso com seu projeto político de divisão e desconstrução das lutas históricas da classe trabalhadora. É desta forma que agem os dirigentes dos Sindipetros SE/AL e Pará. Se a categoria dependesse da disposição de luta deles, a FAFEN já estaria novamente na lista dos tucanos para a privatização.