Domingo, 27 de julho, foi Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, data instituída em 1972, após o Brasil tornar-se o primeiro país a ter um serviço obrigatório de segurança e medicina do trabalho em empresas com mais de 100 trabalhadores. Como faz em relação a quase tudo no SMS, a Petrobrás transformou essa data em um grande marketing. E enquanto as gerências promovem as atividades da SIPAT, os trabalhadores continuam expostos a riscos cada vez maiores para cumprirem as metas de produção, em meio a uma série de programas de redução de custos que impactam diretamente a segurança. Para se contrapor a essa lógica perversa da empresa, a FUP e seus sindicatos realizaram nesta segunda-feira, 28, um dia nacional de luta, por condições seguras de trabalho, com atos e atrasos nas unidades operacionais.
Desde 1995, já perdemos 334 companheiros de trabalho em acidentes no Sistema Petrobrás, dos quais 273 eram terceirizados. Só este ano, já tivemos 05 mortes, todas com prestadores de serviço. O que a FUP mais cobra nos fóruns de negociação com a empresa é uma política de SMS efetivamente focada na prevenção de acidentes. Mas apesar das propostas apresentadas pelo movimento sindical, os gestores da Petrobrás, continuam se achando acima do bem e do mal e nada fazem para alterar as estruturas autoritárias da empresa que incentivam subnotificações de acidentes, precarização da manutenção, negligência e irresponsabilidade com a saúde do trabalhador. De que adianta tanto investimento nas SIPATs, se as gerências continuarem agindo na contramão da prevenção de acidentes de trabalho?
Fonte: FUP