Dia Internacional da Mulher: trabalhadoras ainda lutam por equidade salarial

Há 100 anos, durante a 2.ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhague…








Imprensa da FUP

Há 100 anos, durante a 2.ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhague, Dinamarca, a ativista alemã Clara Zetkin propôs a criação de um dia internacional da mulher. O dia 08 de março nasceu para marcar a luta das trabalhadoras por um mundo igualitário e sem discriminações. Ao longo deste período, as mulheres tiveram grandes conquistas em várias partes do mundo, mas, mesmo após um século de lutas, a pauta das trabalhadoras ainda inclui direitos básicos e igualdade salarial.

O Brasil já ratificou a Convenção 100 da OIT, que trata de remuneração igual para trabalho de igual valor, mas, ainda assim, as trabalhadoras continuam recebendo salários inferiores ao dos homens (em média, 30% a menos). “O país ainda precisa se adequar para cumprir o que determina a Convenção. Estamos desenvolvendo na CUT um estudo nacional sobre as disparidades salariais entre os gêneros, que queremos concluir até o final de 2010, já com uma proposta de lei própria para o Brasil”, explica Rosane Silva, Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT.

A Central também luta pela ratificação da Convenção 156 da OIT, que determina a igualdade de tratamento e oportunidades para os trabalhadores dos dois sexos com responsabilidades familiares e a ampliação irrestrita das licenças maternidade e paternidade. A Convenção ainda aguarda votação na Câmara dos Deputados Federais.

Mulheres em marcha

Elas são de várias organizações populares e estudantis, centrais sindicais e movimentos sociais. São mulheres de luta, que correm atrás de seus ideais, construindo na prática as mudanças que acreditam ser fundamentais para um mundo mais justo e igualitário. No dia 08 de março, elas saíram em marcha de vários lugares do planeta, chamando atenção para uma pauta de reivindicações que inclui questões como autonomia econômica das mulheres e igualdade salarial;  combate à  violência sexista;  luta contra a privatização recursos naturais  e dos serviços público;  paz e desmilitarização.

No Brasil, a Marcha Mundial de Mulheres percorrerá 99 km, saindo de Campinas até São Paulo, entre os dias 08 e 18 de março. O tema da Marcha já diz tudo:  “Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”.