O dia nacional de greves e paralisações em defesa dos direitos e contra as reformas da Previdência e trabalhista começou com protestos, greves e bloqueis de “trancaços” em vários pontos do país. O movimento é convocado pelas centrais sindicais, Frente Brasil Popular e Frente Povo sem Medo.
No Distrito Federal, metroviários, rodoviários, professores e bancários estão entre as categorias que cruzarão os braços durante 24 horas. Como não haverá transporte coletivo, muitas manifestações ocorrem espalhadas pelas cidades-satélites. Nas primeiras horas, um bloqueio interrompeu o tráfego pela BR-020, sentido Plano Piloto, na altura de Mestre D’Armas, em Planaltina.
Trabalhadores de transportes coletivos decidiram entrar em greve também em Recife. Na capital pernambucana, a categoria emenda o dia de lutas com a campanha salarial e deve permanecer paralisada por tempo indeterminado. Após cinco rodadas de negociação com representantes dos empresários, a categoria reivindica 14,26% de reajuste salarial e 38,7% de aumento no vale-alimentação, enquanto as empresas apresentaram 4% e 11%, respectivamente.
Nas cidades de Aracaju e São Cristóvão, militantes de CTB, CUT e UGT e de movimentos estudantis, ocuparam entradas das garagens das quatro empresas rodoviárias de, impedindo a saída dos ônibus para o transporte diário. Em Goiânia também há piquetes em garagens.
Em São Paulo, diversos bloqueios foram programados no início da manhã, como nas avenidas São João e 23 de Maio, no centro, e na Via Anchieta, na confluência com Avenida das Juntas Provisórias.
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo sem Medo ocuparam também o saguão do aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, no início da manhã. Mobilização semelhante ocorreu também no aeroporto internacional de Guarulhos. “O grito hoje, país afora, é por nenhum direito a menos. Não vamos aceitar que façam essa reforma trabalhista. Não vamos engolir que destruam as aposentadorias com a reforma da Previdência. Mais do que isso: é fora, Temer! Esse governo tem que sair. Nunca teve legitimidade e, agora, perdeu condição de continuar à frente do país”, afirmou Guilherme Boulos, coordenador do MTST, em Congonhas.
No Rio de Janeiro, manifestantes pararam a Linha Vermelha no sentido centro, barcas, Ponte Rio-Niterói, Avenida Brasil, na altura da Penha, sentido centro, e acesso ao aeroporto Tom Jobim (Galeão). Ainda no estado, em Angra dos Reis, houve interrupção do tráfego na Rodovia Rio-Santos.
Os trabalhadores das principais refinarias do Sistema Petrobras já estão em greve desde o final da noite de quinta (29). Os petroleiros que substituiriam às 23h o grupo do turno das 15h não entraram para trabalhar. Os ônibus que transportam os trabalhadores chegaram vazios às unidades, onde a adesão ao movimento é de mais de 100%. Parte das equipes que deveriam trocar o turno nas refinarias não saiu para assegurar uma contingência de segurança.
Das 10 refinarias que aprovaram a greve por tempo indeterminado – também em defesa da Petrobras e contra o desmonte da estatal sob a gestão de Pedro Parente –, nove já estão sem trocas nos turnos de revezamento: Repar (PR), Usina de Xisto (Six/PR), Replan (Paulínia/SP), Recap (SP), Reduc (Duque de Caxias/RJ), Regap (MG), Rlam (BA), Abreu e Lima (PE) e Reman (AM). Na Refap (RS), onde os trabalhadores já haviam feito uma greve ao longo desta última semana, a paralisação será retomada na manhã desta sexta, quando as demais bases da FUP se somarão ao movimento.
Em Santa Catarina, paralisação no BR-470 impediu acesso ao Porto de Navegantes.
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Com informações da Rede Brasil Atual