Michel Temer e seus aliados tomaram o poder em nosso país com a promessa de recuperar a economia e trazer estabilidade política. No entanto, passados mais de um ano do golpe, a crise política e econômica se aprofunda.
O desemprego aumentou e agora atinge 14 milhões de pessoas – 13,7% da população economicamente ativa. O crescimento econômico não foi retomado e não há perspectivas de que seja. E a baixa inflação – que o Governo Federal comemora como um resultado positivo – é um reflexo da baixíssima atividade econômica.
As medidas econômicas do governo federal de Michel Temer e Henrique Meireles levam a essa situação, pois, em nome de “agradar” os investidores externos, estão jogando nossa economia na recessão: retiram recursos da economia real – dos salários dos trabalhadores brasileiros, dos programas sociais e das atividades produtivas – e garantem condições mais adequadas para os especuladores do mercado financeiro. E, se continuarem no poder, a reforma Trabalhista e a reforma da Previdência vão agravar ainda mais a situação econômica e social no Brasil.
Exigir a renúncia de Temer e novas eleições
E a corrupção, apontada como motivo para o impedimento da presidenta Dilma, piorou ainda mais com Temer. A aliança formada por Temer e seus comparsas do PMDB, a Globo, o PSDB de Aécio Neves e Geraldo Alckmin e grandes empresários da FIESP (Federação da Indústria do Estado de São Paulo) se mostra escandalosamente suja. Milhões de reais em maletas circulam por hotéis luxuosos e restaurantes requintados para garantir que empresários e políticos corruptos passem as reformas que retiram direitos do povo brasileiro.
O povo brasileiro, os que vivem do trabalho, tem uma missão: sair às ruas. A greve geral do dia 30 de junho é a próxima oportunidade. Mas precisamos ir além. Exigir a renúncia de Temer e a volta da democracia por meio de eleições diretas para a presidência do Brasil. Essa é a única alternativa para que possamos construir um projeto popular para o Brasil, a fim de recuperar os empregos dos trabalhadores e construir um novo sistema político democrático.
DIA 30 DE JUNHO – VAMOS PARAR O BRASIL CONTRA A REFORMA TRABALHISTA, EM DEFESA DOS DIREITOS E DA APOSENTADORIA
As Centrais Sindicais têm acompanhado cotidianamente os desdobramentos da crise econômica, política e social, bem como a mais ampla e profunda tentativa de retirada dos direitos dos trabalhadores, através da tramitação das Reformas Trabalhista e da Previdência no Congresso Nacional.
A ação unitária das Centrais Sindicais tem resultado em uma grande mobilização em todos os cantos do país, como vimos nos dias 08 de março, 15 de março, na Greve Geral de 28 de abril e no Ocupa Brasília em 24 de maio. Como resultado do amplo debate com a sociedade e das mobilizações, conseguimos frear a tramitação da Reforma da Previdência e tivemos uma primeira vitória na Reforma trabalhista, com a reprovação na CAS (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado).
Mas ainda não enterramos essas duas reformas, e por esse motivo, continuamos em luta.
Nesse contexto, as Centrais Sindicais reunidas conclamam todas as entidades de trabalhadores a construir o dia 30 de junho de 2017 e o seguinte calendário de luta:
• 27 de junho: audiência dos Presidentes das Centrais Sindicais no Senado;
• 27 a 29 de junho: atividades nos aeroportos, nas bases dos senadores e no senado federal;
• 30 de junho: Vamos parar o Brasil contra a reforma trabalhista, em defesa dos direitos e da aposentadoria.
• No dia da Votação da Reforma Trabalhista no Senado: mobilização em Brasília
Estamos certos de que a unidade de ação é crucial na luta sindical sobretudo em momentos conturbados como o que atravessamos.
CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
CSP Conlutas – Central Sindical e Popular
CTB – Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil
CUT – Central Única dos Trabalhares
Força Sindical
Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores
UGT – União Geral dos Trabalhadores
Fonte: Brasil de Fato e CUT Brasil