A Jornada de Lutas de 2020, em defesa da democracia, dos direitos, da soberania nacional, do serviço público e de qualidade e pela valorização dos servidores, começou com a mobilização das mulheres no dia 8 e segue com grandes atos convocados pela CUT, demais centrais sindicais e movimentos sociais para o dia 18 de março, “Dia Nacional de Luta em Defesa do Serviço Público, Educação, Estatais, Emprego e Salário, Soberania, Defesa da Amazônia e Agricultura Familiar”.
“A força dos atos ‘fora, Bolsonaro’ das mulheres deu um pontapé fundamental para seguirmos preparando o dia 18 com muita energia e determinação”, avalia a Secretária Geral da CUT, Carmen Foro. Para ela, lutar pelo Brasil e pela classe trabalhadora é lutar contra o projeto neoliberal do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) que destrói tudo que os movimentos sindical e sociais conquistaram nos últimos anos.
A princípio, 18 de março seria um dia de greve da Educação, uma das áreas que mais vêm sendo atacadas pelo governo Bolsonaro. A Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNTE) convocou a categoria para um dia de luta em defesa da aprovação da Proposta de Emenda Constitucional nº 15/2015, que institui o novo FUNDEB.
Mas, depois das declarações de Bolsonaro atacando a democracia e enviando mais Medidas Provisórias (MP) que prejudicam os trabalhadores e trabalhadoras, como a MP 905 que legaliza o trabalho precário e cria até um imposto para os desempregados, e a reforma Administrativa que atingirá de forma brutal as conquistas e os direitos de servidores públicos federais, as mobilizações no dia 18 cresceram e atraíram as demais categorias profissionais.
A paralisação da economia, a falta de investimentos públicos que gerem emprego e renda e impeçam o colapso no serviço público que prejudicam milhares de brasileiros, como os que estão nas filas de espera do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aguardando resposta a pedidos de aposentadoria ou auxílio-doença, ou nas filas de espera do Programa Bolsa Família aguardando um benefício que nunca vem, também são temas que, segundo a Secretária Geral da CUT, levam a população a se revoltar e ir para as ruas protestar.
“A situação é gritante e quando você não tem condição nem de se alimentar e é abandonado na extrema pobreza, como as pessoas com direito ao Bolsa Família excluídas do programa, a única saída é se unir e lutar”, afirma Carmen Foro.
De acordo com a secretária, a CUT se reuniu com as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo para organizar o dia 18 e os temas que serão levados às ruas foram aprovados por unanimidade. “Nós temos 2020 razões para enfrentar esse governo seja pela precarização do trabalho, seja pelo alto índice desemprego, ou pelos ataques aos direitos sociais e trabalhistas e contra a democracia brasileira”.
“Estamos trabalhando para realizar um grande ato”, diz a secretária que cita alguns estados onde as CUT’s e parceiros já definiram como serão os atos do dia 18, como Goiás, São Paulo e Pernambuco, e categorias, como a dos jornalistas de Brasília, que também decidiu realizar ato neste dia na Esplanada dos Ministérios em defesa do jornalismo e da democracia e em repúdio aos ataques feitos por Bolsonaro a imprensa.
Confira onde já tem ato marcado:
Amapá
O Sindicato dos Servidores Públicos do Amapá aprovaram participação na greve do dia 18.
Amazonas
Em Manaus, os trabalhadores da educação filiados ao Sinteam, fazem ato às 15h.
Ceará
Em Fortaleza, a concentração do ato será às 8h, na Praça da Bandeira, no centro da capital.
Distrito Federal
Em Brasília, o ato começa às 9h30, em frente ao Teatro Nacional.
Espírito Santo
Em Vitória, a concentração para o ato começa às 8h30, na Praça do Papa.
Goiás
Em Goiânia, tem ato, às 16h, na Praça Cívica. Durante o dia serão realizados protestos e paralisações nos locais de trabalho.
Maranhão
Na capital tem panfletagem no período da manhã e à tarde, uma caminhada pela educação pública.
Mato Grosso
Em Cuiabá, tem ato, às 15h, na Praça Alencastro.
Mato Grosso do Sul
Em Campo Grande o ato está marcado para às 9h, na Praça do Rádio, centro.
– A mobilização no Estado será regionalizada e, além da capital, está sendo organizada nos seguintes municípios: Dourados, Aquidauana, Três Lagoas, Paranaíba, Coxim, Naviraí, Corumbá, Jardim, Nova Andradina, Tacuru , Amambai, Ponta Porã e Fátima do Sul.
Paraíba
Em João Pessoa, tem ato centro da cidade. A concentração será no Liceu Paraibano, a partir das 8h.
Paraná
Em Curitiba, tem ato a partir das 9h, na Praça Santos Andrade.
Pernambuco
Em Recife, o ato é a partir das 14h, na Rua da Aurora, próximo a Alepe. Depois tem caminhada até a Praça da República.
Rio Grande do Norte
Em Natal, tem ato às 15h, no Midway.
Rio Grande do Sul
Em Porto Alegre, o ato será a partir das 18h, na Esquina Democrática.
Rio de Janeiro
Na capital fluminense o ato será às 16 horas na Candelária. Depois tem caminhada, a partir das 18h, em direção a Cinelândia.
Rondônia
Em Porto Velho, tem dois atos: um, às 8h, em defesa da democracia, dos serviços públicos e da educação, em frente ao Sindicato dos Trabalhadores da Educação (SINTERO) no centro.
E outro no mesmo horário, em frente a Energisa, na Avenida 7 de Setembro, no centro.
Santa Catarina
. Em Florianópolis, tem ato às 16h, na Catedral.
– O SINTE-SC, sindicato dos trabalhadores em educação da rede estadual e maior do Estado, marcou assembleia com indicativo de greve para o dia 18 de março, em Florianópolis.
. Blumenau tem ato com concentração às 13h, na Escadaria da Igreja Matriz
. Criciúma tem ato às 16h, na Praça da Chaminé (bairro Prospera)
. Joinville, tem ato às 10h, na Praça da Bandeira
. Chapecó, durante a manhã acontecerão panfletagens nas principais avenidas do centro e exposição das produções científicas, dos estudantes, das universidades na Praça Coronel Bertaso.
À tarde, a partir das 13h, haverá concentração na Reitoria da UFFS para acompanhar a reunião do CONSUNE que discutirá o Future-se.
Às 16 horas será realizada uma aula pública na Praça Coronel Bertaso. A mobilização encerrará às 17h30, com um ato público na Praça Coronel Bertaso. Além disso, durante a tarde também acontecerão panfletagens nas agroindústrias Aurora SACI, Jardim do Lago e BRF.o
São Paulo
O ato na capital paulista começa às 16h, em frente ao MASP, na Avenida Paulista.
Sergipe
Em Aracaju, às 8h, tem ato contra o desmonte da Educação Pública chamado pelo SINTESE (Sindicato dos Trab. em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe). A concentração será no Teatro Tobias Barreto. Depois tem marcha que passará pela Secretaria de Educação e terminará no Palácio de Despachos (sede do Poder Executivo).
Às 14h, tem ato em Defesa do Serviço Público e contra as privatizações. A concentração será no DESO (Companhia de Abastecimento de Sergipe) e vai ter marcha em direção ao Tribunal de Justiça de Sergipe