Destruição de provas sobre o vazamento da BP leva a prisão de engenheiro

NN – A mídia do petróleo

Kurt Mix foi o primeiro integrante da BP detido pelo vazamento no golfo do México

A prisão do engenheiro, Kurt Mix, ex- funcionário da petrolífera Beyond Petroleum (BP), foi determinada pelo governo dos Estados Unidos, após ser acusado de destruir as provas do acidente que gerou o maior vazamento de petróleo da história dos Estados Unidos em 20 de abril de 2010, no golfo do México. Detido em Houston, Mix, foi o primeiro integrante a ter prisão decretada, causado pela explosão da plataforma da companhia na qual atuava.

Os Estados Unidos, por meio de autoridades, estimam que o vazamento de petróleo causada pela companhia BP (antiga Britshi Petroleum) tenha levado aproximadamente 5 milhões de barris, durante 90 dias, junto ao mar no norte do golfo. A degradação ambiental culminou na morte de 11 pessoas, além de um acordo de US$ 7,8 bilhões – cerca de R$ 14,5 bilhões- da petrolífera britânica com o comitê responsável das vítimas atingidas pelo vazamento.

O departamento de Justiça do governo americano, não responsabiliza Kurt Mix como o articulador do crime ambiental. Entretanto, o caracteriza como responsável por destruir as provas sobre a grandiosidade do vazamento. O engenheiro, segundo alegação da justiça americana, teria excluído as mensagens de texto recebidas em seu IPhone, originadas por um prestador de serviço da BP, que informava a quantidade de petróleo que estava sendo despejado após a explosão do poço.

A Justiça americana acredita que a Mix tenha apagado as mensagens premeditadamente – e ciente que este material seria utilizado nas investigações, após ter recebido comunicados das autoridades que o obrigavam a preservar estes dados. Caso seja condenado, Kurt Mix, poderá ser enquadrado na pena máxima de prisão, ou seja, 20 anos de detenção e pagar multa de US$ 500 mil (cerca de R$ 900 mil).

De acordo com o secretário de Justiça norte-americano, Eric Holder, as investigações sobre o vazamento de petróleo continuam vigente e podem abrir novas acusações criminais, atingindo outros profissionais empresa petrolífera.

A BP, em comunicado, informou ter realizado “esforço substancial” para resguardar as provas sobre o vazamento de petróleo no golfo do México.