Em um ano, 1,956 milhão de pessoas perderam o emprego, segundo Pnad móvel do IBGE. Dados do trimestre móvel de janeiro a março revela ainda que taxa de subutilização foi par a 29,7% e desalento para 25,1%
[Da redação da CUT | Fotomontagem: RBA]
Sem política econômica que reaqueça a economia, gere emprego e renda, sem investimentos em infraestrutura, nem política pública efetiva que garanta a sobrevivência da população e, consequentemente, contribua para fazer o dinheiro girar, o governo de Jair Bolsonaro segue registrando as maiores taxas de desemprego da história. Nem o auxílio emergencial de R$ 600 para desempregados e informais, que poderia ajuda o país e os mais vulneráveis durante a pandemia do novo coronavírus, o governo manteve. Baixou para, em média, R$ 150.
O resultado é o recorde de desempregados no país. Segundo a dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Móvel, trimestre de janeiro a março, divulgados nesta quinta-feira (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego bateu mais um recorde no Brasil, chegou a 14,7%, atingindo 14,8 milhões de trabalhadores e trabalhadoras.
É a maior taxa e o maior contingente de desempregados já registrado pela série histórica do IBGE, iniciada em 2012.
Em apenas um ano, 1,956 milhão de pessoas perderam o emprego, segundo Pnad móvel do IBGE.
A taxa de subutilização foi para 29,7%, atingindo 33,2 milhões de brasileiros. No total de subutilizados, o IBGE inclui desempregados e subocupados por insuficiência de horas – pessoas que podem e gostariam de trabalhar mais e não conseguem.
A taxa de desalento bateu mais um recorde e foi para 25,1%, atingindo 6 milhões de pessoas. Desalentado é o trabalhador que procurou emprego durante muito tempo, não conseguiu se recolocar no mercado de trabalho e acabou desistindo.
Confira outros dados:
A população ocupada (85,7 milhões de pessoas com trabalhando) ficou estável em relação ao trimestre móvel anterior e caiu 7,1%, (menos 6,6 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2020.
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) chegou a 48,4%, caindo 0,5 p.p. frente ao trimestre móvel de outubro a dezembro (48,9%) e recuando 5,1 p.p. em relação a igual trimestre de 2020 (53,5%).
A população fora da força de trabalho (76,5 milhões de pessoas) ficou estável ante o trimestre anterior e cresceu 13,7% (9,2 milhões de pessoas) frente a igual trimestre de 2020.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 29,6 milhões de pessoas, com estabilidade frente ao trimestre anterior e queda de 10,7% (menos 3,5 milhões de pessoas) frente ao mesmo período de 2020.
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (9,7 milhões de pessoas) caiu nas duas comparações: 2,9% ante o trimestre móvel anterior e 12,1% (menos 1,3 milhão de pessoas) frente a igual trimestre de 2020.
O número de trabalhadores por conta própria (23,8 milhões) teve alta de 2,4% frente ao trimestre móvel anterior (mais 565 mil de pessoas) e ficou estável na comparação anual.
A categoria dos trabalhadores domésticos (4,9 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre anterior, mas recuou 17,3% (-1,0 milhão de pessoas) ante o mesmo período de 2020.
A taxa de informalidade foi de 39,6% da população ocupada, ou 34,0 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido 39,5% e no mesmo trimestre de 2020, 39,9%.
O rendimento real habitual (R$ 2.544) ficou estável em ambas as comparações. Já a massa de rendimento real habitual (R$ 212,5 bilhões) ficou estável ante o trimestre móvel anterior e caiu 6,7% frente ao mesmo trimestre de 2020 (menos R$ 15,2 bilhões).
Mais informações na Agência IBGE