O Sindipetro-NF mantém reuniões frequentes com a gerência de Recursos Humanos da Petrobrás no Norte Fluminense. O objetivo é pressionar pela resolução de problemas da categoria que, em muitos casos, não chegam a ter abrangência nacional, mas precisam de tratamento imediato e solução.
Na mais recente reunião, no dia 30 de novembro, a entidade foi representada pelo diretor Alexandre Vieira. Para atualizar a categoria, o sindicalista preparou um resumo com os principais assuntos tratados e seus desdobramentos.
Foram tratados os descontos indevidos sobre os trabalhadores de turno no Açu, “queima” de horas extras acumuladas, descontos indevidos em contracheque, não contabilização de horas em confinamento pré-embarque e o bloqueio dos crachás dos diretores do Sindipetro-NF.
Confira:
1) Descontos indevidos aos trabalhadores de turno do Açu: quando o transporte da empresa atrasa e os trabalhadores estão sendo descontados
Empresa informou que está de acordo com a legislação e procedimentos.
Questionamos para que demonstrem esses procedimentos e que a empresa não pode fornecer transporte que continuamente prejudique o trabalhador. E descontar essas horas devido ao atraso no transporte. Isso é tirar vantagem dos trabalhadores. A empresa presta um transporte sem pontualidade e ainda desconta as horas dos trabalhadores. Além disso esse desconto não é praticado em outras bases.
A empresa firmou compromisso de verificar essa diferenciação e demonstrar esses procedimentos. Além de verificar as rotas e disponibilidade do transporte.
2) Gerentes estão obrigando trabalhadores a “queimar” as horas extras acumuladas
A empresa afirmou que essa questão está de acordo com o ACT. Nós questionamos essa interpretação do ACT. Onde o problema é a imposição por parte da empresa do trabalhador folgar. Onde isso também impacta na questão da insegurança para as unidades. Pois nós já estamos com o efetivo no limite de redução, ou seja, cada folga imposta é um risco para a segurança dos trabalhadores a bordo.
A empresa, mesmo assim, manteve a posição. Nós questionamos o que o procedimento de frequência versa sobre essa questão. A empresa falou que não há essa especificação em procedimentos.
Diretoria Colegiada do Sindipetro-NF, reunida hoje, vai encaminhar as próximas ações.
3) Descontos em contracheque de valores pagos à mais pela empresa: desconsideram IR pago indevidamente e margem disponível nos descontos
Isso se refere a trabalhadores que tiveram valores a mais no contracheque e agora estão sendo descontados desse valor.
Empresa informou sobre o IR, que ajusta esse valor nos próximos contracheques, fazendo um ajuste anual. E que o limite dos descontos é a margem consignável. Exceto para sanção disciplinar, onde não há limite.
4) Não apontamento das horas de confinamento residencial a partir do exame pré-embarque e sobre trabalhadores que não tiveram suas horas apontadas do dia por terem voos cancelados
Para o primeiro a empresa informou que a resposta viria em forma de resposta ao ofício 141/2021 que já questionava o assunto.
Em resposta ao ofício a empresa afirmou que este ponto está peticionado pelo Sindipetro-NF em ação coletiva contra a Petrobrás.
Ou seja, a empresa se recusou a negociar, apesar de na época da ação não existir a prática mencionada.
Para o segundo, informou que não está de acordo com o procedimento e que o dia deve ser computado.
5) Bloqueio do crachá dos diretores do Sindipetro-NF
O RH da empresa informou que é pauta da EOR e respondeu na reunião se evadindo da responsabilidade. Culpabilizando um procedimento da ISC (Inteligência e Segurança Corporativa). A mesma responsável por demitir o diretor Alessandro Trindade por seu ato solidário de distribuir comida a quem tem fome.
[Da imprensa do Sindipetro NF]