Descaso na PBIO gera revolta; Sindicato pede investigação

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Sindipetro BA

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Os trabalhadores da PBIO estão revoltados diante do festival de incompetência e omissão na atual gestão das usinas de biodiesel na Bahia. A base reclama também da relação da gerência geral com os terceirizados, que sofrem assédio moral e ameaça de demissões.

O descaso na planta é visto por todos: apesar da usina funcionar faz cinco anos, as instalações industriais revelam idade de 30, os vazamentos de ácido clorídrico e metanol são constantes, os riscos de acidentes são gritantes e a cobrança por resultados, sem que se ofereça condições de trabalho, inviabiliza resultados satisfatórios. A maior reclamação dos trabalhadores, no entanto, continua sendo a falta de diálogo do gerente geral com a base e da direção do Sindipetro Bahia. 

Depois de receber uma extensa lista de reclamações, a direção do sindicato decidiu encaminhar à direção da PBIO um pedido para averiguação do que realmente ocorre na usina, com participação de dirigentes sindicais.

No documento encaminhado ao coordenador geral Paulo César, a base ressalta que a gerência geral ameaça devolver os trabalhadores diretos cedidos e terceirizar as atividades fabris, sob a alegação de que os empregados da Petrobras inviabilizam financeiramente a Usina, devido aos salários.

Na denúncia ao Sindipetro Bahia, na PBIO existem consultores de biodiesel que são contratados, com a alegação de possuírem o “notório saber do processo” com salário mensal de até R$ 30 mil. Ainda segundo a denúncia, a contratação de um dos consultores ocorreu para que uma gerente do Laboratório fosse transferida do Rio de Janeiro para Salvador. 

Os trabalhadores denunciam ainda que a política da gerência geral causa prejuízos ao ativo da PBIO e cita um exemplo: recentemente, com o colapso do tanque de biodiesel, o gestor determinou que fossem colocados sacos plásticos no vent (equipamento de despressurização  de tanques atmosféricos) do tanque, que é atmosférico. O tanque foi danificado, gerando um prejuízo de R$ 2 milhões.

 

Um dado que assusta, caso se confirmem as denúncias, é o de que dos 370 empregados que a PBIO tem atualmente, 102 são gerentes ou coordenadores, isto é, um gerente para cada 3,6  trabalhadores.