O resultado da votação em favor da reforma trabalhista, embora favorável a Temer, está longe de ser definitivo, porque subirá ao Senado, certamente sofrerá modificações e, por isso, terá de ser confirmado na Câmara, isso lá para o segundo semestre.
O ponto central é que, mesmo nesse projeto, embora produzindo lesões gravíssimas aos direitos dos trabalhadores, não há esclarecimento da população sobre sua natureza, ao contrário do que parece estar acontecendo em relação à reforma da previdência.
Mas não é possível tapar o sol com a peneira, e Temer, com os 296 votos que obteve, chegou perto dos 308 votos necessários para a degola previdenciária.
Faltaram 12 votos e comprar 12 votos com favores e pressões está longe de ser impossível.
Dada a canalha parlamentar que temos, só o medo pode detê-los e é preciso deixar evidente que será grave a pressão da rua contra um governo que tem meros 4% de aprovação.
Nada é mais perigoso do que um governo em dissolução, como o que temos.
Mas, também, nada tão frágil.
Derrubar a degola das aposentadorias é a única forma de preservar os direitos dos trabalhadores em atividade.
Derrotado na reforma previdenciária, faltará ao governo, mesmo com toda a pressão empresarial, a condição de concluir a liquidação da CLT que começou a decretar hoje.
A partir de agora, a luta contra o projeto da Previdência passou a ser também a luta pelos direitos dos trabalhadores ativos.
Derrubar a emenda da Previdência passou a ser a chance, também, da salvar a CLT e o direito do trabalhador hoje e já.
Fonte: Tijolaço