O Sindipetro/MG já identificou mais de 200 trabalhadores e trabalhadoras da Refinaria Gabriel Passos (Regap) com testes positivos para Covid-19, somente neste mês. Sendo que mais de 10 trabalhadores, entre próprios e terceirizados, estão internados.
Como o Sindicato já vinha alertando, a explosão dos casos ocorreu justamente com a chegada de 2000 trabalhadores vindos de outras regiões para realizar a parada de manutenção.
Nesta terça-feira, dia 16/03, após denúncia do Sindicato, uma equipe de fiscalização da Vigilância Sanitária de Betim visitou a Refinaria para averiguar as condições da unidade.
No entanto, mesmo após a vistoria, o Sindipetro recebeu novas fotos que comprovam a continuidade de aglomerações no interior da Refinaria. As fotos serão postadas ao final da matéria.
Além disso, houve denúncias de tentativas da gerência local de maquiar as péssimas condições de segurança, como no transporte de terceirizados e na higienização de contêineres.
Os dados comprovam que a Refinaria, localizada em Betim, é um dos maiores focos de transmissão da doença, se tornando uma ameaça à saúde pública de toda a Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O coordenador do Sindipetro/MG, Alexandre Finamori, classifica como “absurda” a situação na Regap. “Os números não param de crescer e a Regap finge que nada está acontecendo. As pessoas estão com medo de ir trabalhar!”, afirma o sindicalista.
O Sindipetro/MG age pela segurança dos petroleiros e suas famílias diante em relação à Covid-19 desde o início da pandemia no Brasil. Mas, vale ressaltar que somente em março deste ano, o Sindicato ao Ministério Público do Trabalho (MPT); Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE – MTE – MG); Ouvidoria do Estado de Minas Gerais; Conselho Estadual de Saúde – MG; Centros de Referência em Saúde do Trabalhador – Betim (CEREST-Betim) e Conselho Municipal de Saúde – Betim.
Também foi solicitado na segunda-feira, 15/03, a suspensão da parada de manutenção, o principal foco de Covid-19 na Refinaria neste momento. Entretanto, não houve retorno por parte da gerência, conforme explica o coordenador Alexandre Finamori.
“A refinaria sequer respondeu ao ofício do Sindicato, mostrando desprezo pela vida dos trabalhadores no pior momento da pandemia. Vamos seguir denunciando o que está acontecendo e, caso a empresa siga com essa postura, não teremos outra saída que não seja uma greve sanitária em defesa da vida da nossa categoria”, afirma o coordenador.
[Da imprensa do Sindipetro MG]