CUT RS realiza assembleia popular contra o governo de Yeda Crusius

A CUT-RS realizou nesta segunda-feira, 11, uma assembleia popular na Praça da Matriz…

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A CUT-RS realizou nesta segunda-feira, 11, uma assembleia popular na Praça da Matriz, no centro da capital gaúcha. Para a entidade, a sociedade não merece assistir, semanalmente, denúncias como a publicada na revista Veja, em circulação desde sábado, 9. Através de sua reportagem, ouviu uma hora e meia das dez horas de diálogos mantidos entre Cavalcante e o lobista Lair Ferst.

A reportagem teve acesso a gravações em que o ex-assessor da governadora gaúcha Yeda Crusius (PSDB), Marcelo Cavalcante, morto em fevereiro, relata uma série de irregularidades na campanha e no governo da tucana. Na matéria fica claro que o ex-assessor conversava com liberdade com Ferst, que o havia ajudado informalmente a arrecadar dinheiro para a campanha da governadora.

Coordenando o evento, o Secretário Geral da CUT-RS, João Batista Xavier da Silva, mostrou uma publicação com a reportagem e disse que "a comunidade gaúcha está estarrecida com essas denúncias". O integrante da Federação dos Metalúrgicos, Claudir Nespolo falou que o governo Yeda abandonou os trabalhadores  e que está na hora de mostrar toda a "sujeira que foi varrida para baixo do tapete". "Quem não lembra do escândalo do Detran? Das denúncias do ouvidor do Estado e tantos outros casos? Estamos cansados e hoje é o início de uma jornada definitiva contra o governo", declarou o metalúrgico.

O representante da Federação da Saúde, Milton Kempfer, acredita que o governo gaúcho deve satisfações a sociedade: "Nesse momento é necessário uma grande frente de mobilização", defendeu. O mesmo pensa o integrante da Federação dos Sapateiros, Antônio Guntzel, "necessitamos de um governo que trate o Rio Grande com seriedade", acrescentou Guntzel.

 

Para o membro da Federação dos Bancários, Carlos Augusto Rocha, essas denúncias denigrem a imagem do Estado: "além disso, lugar de corrupto não é nas instituições públicas", acredita. O representante da UNE e da UBES, Diego Hamister, com a prova da existência do caixa 2 no governo, a luta pelo Fora Yeda é propícia. "Os estudantes, os professores, a sociedade precisa derrubar o Governo Yeda e o projeto neoliberal", declarou o estudante.

 

A diretora do SEMAPI, Mara Feltes, acredita que o modelo neoliberal, adotado pelo governo estadual só prejudica os trabalhadores. "Está na hora de irmos para as ruas, nós não vamos dar sossego. Fora o governo todo. Fora Yeda e Feijó", afirmou a diretora.

 

Representando o CPERS/Sindicato, Sônia Solange Santos Viana lembrou o descaso do governo com a educação, citando a multiseriação e a enturmação como exemplos. "O Fora Yeda é necessário porque não podemos compactuar com esse governo e esse projeto que tira recursos da educação", defendeu.

 

Encerrando a assembleia, o presidente da CUT-RS, Celso Woyciechowski, disse que o objetivo da mobilização é a renuncia do governo que não tem moral para administrar o Estado. Que a essas denúncias sejam apuradas pelo Ministério Público e que seja instalada uma CPI na Assembleia Legislativa. "Ninguém agüenta mais, toda a semana nos jornais, matérias sobre a corrupção no Estado. A sociedade gaúcha não merece isso! Queremos a quebra do sigilo de segredo de justiça que protege esse governo corrupto", declarou.

 

Ficou deliberado que na próxima quinta-feira, 15, às 11h será realizado um ato público pela Fora Yeda, também foi definido a execução de um abaixo assinado para pedir urgência nas investigações pelo Ministério Público e a instalação de uma CPI no legislativo gaúcho.