Dirigentes e militantes da CUT-RJ e de vários sindicatos filiados participaram de ato nesta quinta-feira…
Dirigentes e militantes da CUT-RJ e de vários sindicatos filiados participaram de ato nesta quinta-feira (15), na Central do Brasil, no qual protestaram contra a tortura diária a que são submetidos milhões de trabalhadores e trabalhadoras que utilizam diariamente trens, metrô, barcas e ônibus.
O presidente da CUT-RJ, Darby Igayara, comparou ironicamente o tratamento dado pelos bancos aos seus cliente Vips com a forma como são tratados os passageiros da SuperVia : “ Enquanto os passageiros da SuperVia são agredidos pelos seguranças da empresa, e as barcas e o metrô prestam péssimos serviços à população, a agência reguladora, cujo papel seria a fiscalização dessas empresas em nome da sociedade, cruza os braços e nada faz. A situação nos transportes no estado é de verdadeira calamidade.
Já para Roberto Ponciano, secretário de Formação da CUT-RJ e coordenador do Sisejufe, os baixos salários pagos aos ferroviários pela SupervIa, as jornadas excessivas de trabalho ( com maquinistas dobrando seus turnos frequentemente) e os treinamentos precários oferecidos são fatores que alimentam a crise e contribuem para deterioração dos serviços.
Diversos dirigentes de sindicatos cutistas também usaram a palavra durante a manifestação e demonstraram indignação com a realidade atual dos transportes no estado. O presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Almir Aguiar, enfatizou a omissão das autoridades diante do sofrimento diário das pessoas nos trens, metrô e nas barcas.
– É preciso denunciar o absurdo que significa a prorrogação por parte do governo do estado dos contratos de concessão com a SuperVia e com o Metrô, muito antes do prazo de encerramento. Ou seja, essas empresas acabam premiadas pela violência com que tratam os passageiros e por serviços da pior qualidade possível – denunciou Neuza Luzia Pinto, vice-presidente da CUT-RJ.
Também presente ao ato, o deputado estadual Alessandro Molon (PT) parabenizou a CUT pela campanha em defesa de transportes dignos para a população e chamou a atenção para as dificuldades que vem encontrando para criar a CPI do Metrô, na Alerj, uma vez que o presidente da Casa, deputado Jorge Picciani insiste em impedir a instalação da comissão, mesmo com o número mínimo de assinaturas já ter sido alcançado com sobras. “ Fui obrigado a entrar na justiça e tenho certeza que a CPI vai sair mesmo contra a vontade do Picciani”.
Coube à Companhia Emergencial de Teatro a parte lúdica e cômica do ato, arrancando gargalhadas da plateia com um esquete sobre as agruras de um casam que padece diariamente nos transportes do Rio. Antes, Vítor Carvalho, dirigente petroleiro do Norte Fluminense e secretário de Comunicação da CUT-RJ, cobrou o destino que vem sendo dados aos royalties pagos ao estado e às prefeituras, sempre alternado para a ação nefasta “ das mãos privatizantes para o serviço público.”