CUT repudia postura “privatista e antissindical” da direção da Infraero

Central comemora decisão da Justiça de extinguir ação que pedia 90% dos aeroportuários em serviço.





CUT

A Central Única dos Trabalhadores repudia a postura privatista e antissindical da direção da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), que tenta cercear o direito constitucional dos trabalhadores à greve.

Como se não bastasse o vexaminoso empenho para alienar este patrimônio público nacional estratégico, a Infraero e a Advocacia Geral da União (AGU) tentaram impedir, no tapetão, a greve iniciada nesta madrugada nos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília, com a ridícula intenção de obrigar 90% dos aeroportuários a se manterem em serviço.

Saudamos a decisão equilibrada da juíza da 11ª Vara do Trabalho, Patrícia Birchal Becattini, que decidiu extinguir o processo da Infraero e da AGU contra a paralisação. Conforme esclareceu a juíza, a pretensão dos autores é nitidamente restringir o exercício do direito constitucional de greve.

Reiteramos que a chamada “concessão” dos aeroportos representa uma descabida entrega dos três terminais mais rentáveis do país à exploração privada. No caso do aeroporto de Guarulhos seria por 20 anos, Brasília por 25 anos e Viracopos por 30 anos.

Fazemos nossas as palavras do Sindicato Nacional dos Aeroportuários: “a privatização é um retrocesso neoliberal que vai colocar em risco a segurança operacional e de voo dos usuários”.