No encerramento do ato da CUT contra a nova proposta de Reforma da Previdência nesta terça-feira (5), em São Paulo, o presidente da Central, Vagner Freitas, convocou os trabalhadores e trabalhadoras para uma greve nacional no dia em que a Câmara dos Deputados decidir votar o desmonte.
Ao ser informado que a proposta deve entrar na pauta da Câmara na próxima quarta-feira (13), Vagner avisou: “Se colocar para votar no dia 13, o Brasil vai parar”.
E aos que duvidam da capacidade do movimento sindical de mobilizar a classe trabalhadora contra o fim da aposentadoria, Vagner lembrou a greve geral de 28 de abril que parou o Brasil.
“Já colocamos 45 milhões de pessoas em greve no dia 28 de abril e temos condições de fazer uma greve maior, prova disso são os atos realizados em todo o país hoje”, concluiu o presidente da CUT.
Confira como foram os atos nos Estados:
As vozes das ruas e das redes com a hashtag #NãoMexaNaAposentadoria deixaram um recado bem claro aos deputados e deputadas: “Quem votar, não volta”, em referência às eleições de 2018, ano em que muitos deputados tentarão a reeleição.
Ainda na madrugada, sindicalistas e ativistas de movimentos sociais bloquearam a entrada de três garagens de ônibus em Aracaju. Ninguém entrava e ninguém saia.
Em Arapiraca, no Agreste de Alagoas, centenas marcharam em defesa da aposentadoria e contra as reformas de Michel Temer. Movimentos populares do campo e da cidade participaram da mobilização.
No Maranhão, a BR 235 ficou parada e trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade interditaram a ponte do Bacanga, na entrada de São Luís.
No Rio Grande do Sul, a CUT e demais centrais sindicais não esperaram nem o dia clarear. O aeroporto Salgado Filho foi escolhido para mandar o recado aos parlamentares que viajaram rumo a Brasília logo pela manhã. Os sindicalistas denunciaram a farsa do déficit e o combate aos privilégios, referindo-se aos servidores públicos.
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No final da manhã, após manifestações e assembleias em diversas fábricas, na Estação Rodoviária e trancaço no Pórtico de Rio Grande, o movimento seguiu para a frente do prédio do INSS, no centro de Porto Alegre, onde promoveram um abraço solidário.
No Rio de Janeiro, a defesa da aposentadoria começou cedo. Os petroleiros fizeram uma grande mobilização em Macaé, Angra e outros municípios. Os trabalhadores do Estaleiro Brasfels atrasaram a entrada no trabalho em uma hora e teve panfletagem na Transpetro.
“Se a Reforma da Previdência é boa, por que os políticos, militares e o judiciário estão fora”, questionavam os dizeres de uma faixa em frente ao Banco Santander, fechado pelos bancários, no centro do Rio de Janeiro, onde aconteceu um ato público. Outros bancos na capital carioca também foram fechados. Radialistas e jornalistas se manifestram em frente à EBC e professores foram às ruas denunciar o desmonte na Previdência.
Na capital de Santa Catarina houve mobilização, panfletagem e diálogo com a população sobre os riscos que a aprovação da Reforma da Previdência representa para toda a sociedade. Também teve greve dos trabalhadores e das trabalhadoras químicas de Criciúma e região e o transporte coletivo da Grande Florianópolis paralisou durante duas horas de tarde.
O dia de luta terminou com ato em frente ao Ticen, em Florianópolis.
Em Fortaleza, a manifestação da Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, das quais a CUT faz parte, reuniu cinco mil pessoas contra a Reforma da Previdência, no cruzamento das avenidas 13 de Maio x Universidade, no bairro Benfica. “Quem vota contra o trabalhador, não volta pro Congresso. O povo tá de olho”, dizia uma das faixas erguida pela população.
Em Mossoró, no Rio Grande do Norte, o ato contra a Reforma da Previdência foi na Praça do Vuco Vuco.
Em Goiás, quase acabou mal, durante manifestação pacífica na Praça do Bandeirante, no Centro de Goiânia. Enquanto trabalhadores e trabalhadoras protestavam contra o fim da aposentadoria, um ônibus avançou para cima dos manifestantes, ferindo dois militantes no local. A atitude imprudente do motorista, no entanto, não desanimou os militantes, que seguiram em caminhada.
Bancários de Curitiba e região realizaram um ato no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, contra a Reforma da Previdência. O local foi escolhido para abordagem dos deputados federais que embarcam todas às terças para Brasília.
Na Paraíba, trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade promoveram um protesto em frente ao INSS, em João Pessoa, contra o fim da aposentadoria.
Em Itabuna, na Bahia, dirigentes do Sinergia, Sintese, Sindalimentação e do PT realizaram ato contra a Reforma da Previdência em frente ao INSS.
A CUT Bahia também esteve presente em Capim Grosso, orientando professores e agentes comunitários de saúde sobre a mobilização contra a Reforma da Previdência. Os petroleiros realizaram assembleia em suas bases para alertar os trabalhadores e trabalhadoras sobre o desmonte nas aposentadorias. #NãoMexaNaAposentadoria
No Pará, trabalhadores e trabalhadoras das mais diversas categorias saíram às ruas de Belém contra a reforma da Previdência de Temer. A concentração foi na Praça da República, no centro. Depois os manifestantes saíram em caminhada pela avenida Presidente Vargas até o prédio da Gerência Executiva do INSS, na avenida Nazaré.
Em Minas Gerais, a luta contra a reforma da Previdência começou de madrugada, com fechamento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Além de panfletagem nas estações, assembleias nos locais de trabalho, ato dos servidores em frente à Prefeitura, os trabalhadores e trabalhadoras se concentraram na Praça Afonso Arinos, no Centro de Belo Horizonte para mandar o recado aos parlamentares: “a aposentadoria fica”. As diversas categorias que participaram dos movimentos estão mobilizadas para paralisar as atividades, caso entre na pauta da Câmara dos Deputados a votação da Reforma Previdenciária.
Na Zona da Mata também teve ato. Os trabalhadores e trabalhadoras se concentraram na Praça da Estação, no centro de Juiz de Fora, para o ato em defesa da aposentadoria. Em outras regiões do estado também ocorreram manifestações e paralisações.
No Piauí, a luta unificada fortaleceu a unidade no ato público com caminhada pelas principais ruas do centro da capital, encerrando a manifestação em uma das principais avenidas, a Frei Serafim.
Em São Paulo, além do ato na capital, em São Carlos, no interior paulista, manifestantes também fizeram ato nas ruas da cidade. Pela manhã, os participantes se concentraram na Praça do Mercado Municipal.
No início da tarde, Bauru também registrou ações de panfletagens e diálogo com a população, em frente à Câmara Municipal. Em Jundiaí, a CUT-SP e sindicatos colheram assinaturas para o abaixo-assinado contra a reforma.
Já em Campinas, a subsede da CUT e os movimentos realizam ato no final da tarde, no Largo do Rosário, na região central.
Reportagem da CUT Nacional, com informações e colaboração das CUT’s estaduais