CUT protesta contra o aumento da taxa de juros

Ato foi realizado nesta terça-feira, 19, em frente ao BC…





CUT-SP

Militantes da CUT/SP se reuniram na manhã desta terça-feira em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista, em ato de repúdio à política de elevação da taxa de juros praticada pelo Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central).

Nesta semana, o Copom se reúne mais uma vez para definir a taxa básica de juros, a Selic, com grande possibilidade de elevação de 0,25 ponto, como aponta o mercado. O sistema financeiro, assim como toda vez que se pretende mexer na taxa, faz um processo de blindagem, o que resulta na saída de crédito do mercado. Mais uma vez, os maiores prejudicados com essa política são os trabalhadores/as.

“A CUT está aqui hoje para assumir a sua posição de confronto com essa política que aposta no capital especulativo em detrimento da produção. Essa política concentra renda e prejudica o trabalhador”, contesta Sebastião Cardozo, Secretário-Geral da CUT/SP.

De acordo com Djalma, presidente da Federação dos Urbanitários de São Paulo, os trabalhadores precisam lembrar o Copom de que é possível baixar também a taxa, e não somente elevar ou manter no mesmo patamar que já é um dos mais altos do mundo. “Nós queremos que seja colocado na meta do Copom a geração de emprego. Queremos a inflação baixa e temos outros modos de contê-la, outras formas que não prejudique o trabalhador e proporcione maior desenvolvimento”, defende Djalma.

Para Sonia Auxiliadora, secretária da Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT/SP, o controle da inflação tem que se dar pelo crescimento da produção e não pela especulação do capital. “Não é fazendo a política de arrochamento do consumo que o Banco Central fará o Brasil crescer”, analisa.

A CUT defende, ainda, que os trabalhadores possam estar presentes nas negociações, e não apenas três pessoas que representam os interesses do capital especulativo, fundamentalmente, dos bancos, que ganham com as cobranças abusivas aos trabalhadores/as de empréstimos, cheque especial e outros serviços.

“Queremos outras políticas, com taxa de juros honesta, para que possamos desenvolver o Brasil com geração de renda e trabalho. Queremos a inversão dessa política que está posta hoje pelo Banco Central”, finaliza Sebastião Cardozo.