CUT lança Frente Nacional pelo Fim da Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto

Na noite desta quarta-feira (5), foi lançada oficialmente a adesão da Central Única dos Trabalhadores…

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Na noite desta quarta-feira (5), foi lançada oficialmente a adesão da Central Única dos Trabalhadores a Frente Nacional pelo Fim da Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto. O ato político teve a participação de representantes de movimentos feministas e sociais do Brasil, Argentina, Espanha e Itália. A secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Rosane Silva, coordenou a mesa e manifestou sua satisfação de integrar o movimento.
 
O presidente da CUT, Artur Henrique, demonstrou o mesmo sentimento. "A CUT formaliza neste ato a entrada oficial na Frente Nacional pelo Fim da Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto e assumimos  nossa participação efetiva nessa luta que é de todos, homens e mulheres".

A representante da Central Sindical dos Trabalhadores Argentinos (CTA), Dora Martines, caracterizou a luta como histórica. "A mulher precisa ter o direito de decidir sobre o seu corpo e determinar a hora de ter um filho conforme a sua vontade".

Nicoleta Rocchi (CGIL – Central Sindical Itália) declarou que no seu país há 30 anos, existe uma lei de legalização sobre o aborto, que forças conservadoras estão tentando derrubar. "Foi muito difícil conquistá-la e superar o estereótipo da mulher feita para ter filhos. O aborto nunca é uma escolha fácil a luta é para que a mulher tenha a última palavra sobre o seu corpo.

O representante da Comissão Obreiras da Espanha apoiou a decisão reforçando a necessidade de leis que assegurem a legalização do aborto no Brasil. Já a Secretária Nacional de Mulheres do PT, Laisy Moriére, avaliou a decisão da CUT como fundamental e alertou sobre a necessidade do tema ser discutido como saúde pública, já que muitas mulheres morrem vítimas de abortos clandestinos.

Silvia Camurça, da Frente contra a Criminalização da Mulher, que surgiu no Maranhão após centenas de mulheres trabalhadoras  terem sido condenações e penalizadas  pela prática do aborto, apontou que o fortalecimento do movimento se dará com a unidade .  "Precisamos agregar esforços com o objetivo de barrar a ilegalidade", salientou.

Campanhas:

A secretaria nacional de Organização da CUT lançou a revista feita em parceria com a CGIL (Central Sindical Italiana) "Organização Sindical: Avançar Rumo à Liberdade, Autonomia e Organização no Local de Trabalho" que consolida o debate realizado pelas duas entidades em seminário no ano passado.

A secretária nacional de Organização da CUT, Denise Motta Dau, ressaltou a  histórica entre as centrais  e registrou a participação do companheiro homenageado do Congresso José Olívio. Já o representante da CGIL, Roberto True, essa publicação consolida a importância da necessidade de solidariedade internacional que só faz enriquecer o debate para os dois países.

Na manhã desta quinta-feira (6), haverá o lançamento das campanhas contra erradicação infantil e pelo limite da propriedade da terra