CUT lança filme sobre a Marcha Mundial das Mulheres

Uma das primeiras cenas do documentário sobre a 3ª Ação Internacional da Marcha Mundial de Mulheres, exibido durante a abertura do encontro…





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“Feminismo quando?”, pergunta uma mulher. “Já”, respondem em uma só voz muitas outras que estão junto dela.

Uma das primeiras cenas do documentário sobre a 3ª Ação Internacional da Marcha Mundial de Mulheres, exibido durante a abertura do encontro do coletivo nacional de mulheres da CUT, na noite dessa segunda-feira (16), em São Paulo, personifica o sentimento presente na mobilização organizada entre os dias 8 e 18 de março deste ano.

Durante 10 dias, cerca de duas manifestantes de diversas etnias, raças, idades e de todos os estados do país partiram de Campinas, interior de São Paulo, e percorreram mais de 100 quilômetros para defender a autonomia econômica das mulheres, o acesso a bens comuns e serviços públicos, a paz e a desmilitarização e o fim da violência contra elas.

Iria, se não tivesse que fazer o almoço – O filme dirigido por Aline Sasahara e que pode ser adquirido pelo e-mail

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, emociona ao resgatar a construção coletiva de uma marcha que apontou denúncias, expôs reivindicações, dialogou com as comunidades por onde passou, sem jamais perder a paixão na luta contra o preconceito e a desigualdade. Mesmo diante do cansaço e da dor nos pés onipresente até a chegada à capital paulista, conforme retrata o material.

Em um das cenas, uma senhora observa a passeata e diz achar tudo muito bonito. Ao ser questionada se gostaria de seguir junto, é enfática: “olha, se eu pudesse iria, mas não vou porque tenho que fazer almoço para o meu marido." Nada melhor para representar o encontro entre a batalha feminista e a realidade ainda vigente.

União e resistência – Presente na caminhada e responsável pela organização do  lançamento do filme, a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Rosane Silva, acredita que um dos pontos mais importantes da marcha foi a relação com as pessoas das cidades visitadas pelas manifestantes. “Ficaram muitas sementes plantadas, a receptividade de população foi ótima, em muitos lugares éramos aplaudidas quando chegávamos e falávamos da nossa plataforma”, diz.

Para a dirigente, a lembrança mais marcante foi a presença constante da solidariedade. “Tínhamos trabalhadoras rurais, urbanas, brancas, negras, jovens, velhas, de diversas realidades, mas mesmo com essa diversidade, em cada momento de dificuldade havia uma mulher para ajudar e dar apoio”, recorda.

Trabalhadoras e a direção da CUT
Apesar da maior escolaridade em relação aos homens e de ser maioria no mercado de trabalho

– além de representarem 40% dos sindicalizados no país –, as mulheres ainda são minoria nos cargos de chefia e na direção da Central Única dos Trabalhadores.

Rosane avalia que ocorrem melhorias a cada plenária e a cada congresso. O primeiro exemplo citado por ela foi a aprovação da políticas de cotas no interior da CUT– destinando o mínimo de 30% dos cargos de direção às trabalhadoras, em 1993. O outro foi a inclusão dessa conquista no estatuto da central, em 2009, fazendo com que a política de cotas passasse a ser obrigatória nas entidades filiadas.

Porém, destaca, os desafios pela busca da igualdade ainda são muitos e serão discutidos nos próximos dias de reunião do coletivo, especialmente a necessidade de uma legislação que garanta igualdade salarial e de ascensão entre homens e mulheres no interior da empresa,e a construção de políticas públicas para o compartilhamento das responsabilidade familiares.

Confira a programação:

Reunião do coletivo nacional de mulheres da SNMT

Hotel São Paulo Inn – Largo Santa Efigênia, 44 – Centro – SP

 

18 de agosto

9h30
Abertura

10h – 11h
Formação “Cem anos do Dia Internacional das Mulheres”

11h – 13h
Debate

13h – 14h30h
Almoço

14h30h – 16H45
3ª Ação Internacional da MMM – avaliação e desdobramentos

16h45 – 17h
Intervalo

17h – 19h

Informes:
Núcleo de Reflexão Feminista
Frente pelo Fim da Criminalização das Mulheres e pela Legalização do aborto
GT Especialistas
GT SPM
CCSCS
156 OIT
Projetos da SNMT
Atualização do calendário de mobilização

19h
Encerramento

 

19 de agosto
9h30 – 11h30
Apresentação do Planejamento Estratégico da CUT

 
11h30h – 13h
Planejamento Coletivo Nacional de Mulheres

13h – 14h30h

Almoço

14h30 – 16h30

Planejamento Coletivo Nacional de Mulheres

16h30 – 16h45
Intervalo

16h45 – 19h
Planejamento Coletivo Nacional de Mulheres

19h
Encerramento