A Central Única dos Trabalhadores realizará um acampamento em Brasília, a partir da próxima segunda-feira…
A Central Única dos Trabalhadores realizará um acampamento em Brasília, a partir da próxima segunda-feira (9), antecedendo a 6ª Marcha da Classe Trabalhadora, convocada unitariamente pelas centrais sindicais para quarta-feira (11).
"Estamos organizando 500 companheiros com uma grande delegação dos metalúrgicos do Rio Grande do Sul, além da alimentação e outras categorias, que ficarão responsáveis pelo acampamento e por preparar a recepção dos parlamentares, as panfletagens e bandeiraços no Distrito Federal, além de uma vigília no Congresso Nacional", informou o secretário geral da CUT, Quintino Severo.
De acordo com Siderlei de Oliveira, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (Contac/CUT), "Federações e Sindicatos responderam rapidamente ao chamado, mobilizando suas bases para que engrossem a marcha e suas bandeiras, caracterizados com roupas do segmento". Além disso, destacou, "participaremos de uma audiência na Comissão do Trabalho do Senado Federal, onde os trabalhadores do ramo vão expor as precárias condições de saúde provocadas pela intensidade do ritmo de trabalho nos frigoríficos".
A principal bandeira da marcha neste momento, destacou Quintino, é a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 231/95) que reduz a jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário e aumenta para 75% o valor da hora extra. O secretário geral da CUT lembrou que as centrais têm reiterado que a aprovação destas duas medidas, além de tornar menos exaustiva a jornada, contribuirá para melhorarmos as condições de saúde e segurança no trabalho, diminuirá o número de acidentes causados pelo cansaço, e ampliará o tempo para o convívio familiar, o lazer e a qualificação profissional. "É preciso lembrar ainda que, conforme o Dieese, a redução da jornada pode gerar mais de 2 milhões de novas vagas em todo o país, elevando a massa salarial e fortalecendo o mercado interno", acrescentou.
A 6ª Marcha também vai pressionar pela aprovação da política de valorização do salário mínimo negociada pelas centrais com o governo (PL 01/07) e a PEC 438/01, contra o trabalho escravo; a ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT (que estabelece a negociação coletiva no serviço público e põe fim à demissão imotivada); a retirada dos PLs da Terceirização (4302/98 e 4330/04), que precarizam as relações de trabalho.