CUT e Sindicatos nas ruas de Vitória contra a CPI da Petrobrás

Nesta terça-feira (26), a CUT/ES realizou ato público contra a CPI da Petrobrás em frente…

CUT

Nesta terça-feira (26), a CUT/ES realizou ato público contra a CPI da Petrobrás em frente às obras de construção da sede da Estatal, na Reta da Penha, em Vitória. A manifestação ocorreu simultaneamente ao protesto promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, que reivindica equiparação salarial para os empregados das construtoras que compõem o consórcio da obra. Os operários recebem salários inferiores ao determinado pela Convenção Coletiva da categoria.

Após a mobilização, lideranças da CUT e de várias categorias como petroleiros, metalúrgicos e comerciários se somaram em passeata que seguiu por cinco quilômetros até a Assembléia Legislativa do Espírito Santo.

"O protesto em relação à CPI da Petrobras tem sua causa fundamentada justamente na defesa da estatal e na denúncia de tentativa de desestabilização do governo Lula por parte da oposição, que quer usar a CPI de forma eleitoreira e com a nítida intenção de prejudicar o desenvolvimento do país nesse momento de crise financeira mundial", declarou José Carlos Nunes, presidente da CUT-ES. Conforme Nunes, "como a Petrobrás é estratégica para o projeto de desenvolvimento, ao manchar a imagem da empresa, a oposição está inviabilizando o próprio crescimento do país, a geração de emprego e renda".

GREVE

Os trabalhadores do Consórcio OCCH – formado pelas empreiteiras Odebrecht, Camargo Corrêa e Hochtief – deflagravam greve geral desde o dia 19 de maio na obra da nova sede administrativa da Petrobrás.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Espírito Santo, Paulo César Borba Peres (Carioca), a categoria cruzou os braços, pela segunda vez, reivindicando atualização da carteira de trabalho, cobrando anotações do salário que recebem por fora na CTPS, além de exigirem a equiparação salarial de alguns trabalhadores que executam atividades diferentes de seu contrato de trabalho. "É preciso lembrar que situações como essas, só prejudicam os trabalhadores, pois pagamentos realizados por fora do contracheque, não entram nos cálculos do FGTS e da Previdência Social – o que gera perda para os trabalhadores no futuro", alertou.