CUT e centrais fazem ato em solidariedade ao povo de Honduras, nesta sexta, dia 02

Ao lado de inúmeras entidades do movimento sindical e social brasileiro, a Central Única…

CUT

Ao lado de inúmeras entidades do movimento sindical e social brasileiro, a Central Única dos Trabalhadores está convocando uma manifestação de solidariedade à resistência do povo hondurenho contra os golpistas nesta sexta-feira, 2 de outubro, no vão livre do MASP (Avenida Paulista).

"Vamos levantar bem alto a bandeira da democracia, defendendo o governo constitucional de Manuel  Zelaya contra os golpistas, que buscam afogar em sangue a determinação de um povo", declarou João Antonio Felício, secretário de Relações Internacionais da CUT. Desde o primeiro momento, lembrou o dirigente, "nossa Central tem hipotecado sua mais irrestrita solidariedade à luta do povo hondurenho pelo retorno de seu presidente, inclusive compondo delegações internacionais que visitaram o país para manifestar o nosso repúdio à repressão desatada pelo desgoverno ditatorial de Micheletti".

A presença de representações dos mais variados movimentos no Masp, ressaltou João Felício, expressará que o povo brasileiro está em sintonia com os novos tempos que se abrem para a América Latina, de construção de países livres, independentes e soberanos, virando a página de truculência e autoritarismo de elites títeres dos interesses do grande capital nacional e internacional.

Veja abaixo o texto da Convocatória das entidades:

Manifestação em Solidariedade ao Povo de Honduras

Fora Golpistas !

Dia 2, sexta feira, vão do MASP – Paulista – Concentração à partir das 17 h

O Golpe Militar em Honduras tem que ser derrotado nas ruas em Honduras e em todo o mundo. Nos últimos dias os golpistas de Honduras não deixaram nenhuma dúvida aos trabalhadores e povos de todo o mundo de sua verdadeira face fascista : toque de recolher, estado de sitio, prisões, repressão brutal com centenas de feridos e assassinatos. As imagens de estádios sendo usados como "prisões" para as centenas de detenções realizadas de maneira arbitrária e violenta trazem na memória as imagens do golpe de Pinochet no Chile e as prisões e execuções no Estádio Nacional tão simbólicas, para todo os povos de nosso continente, do significado das ditaduras.

De outro lado as manifestações e resistência do povo hondurenho para derrotar o golpe continuam heróicas e fortes. As organizações sindicais, populares e políticas brasileiras fazem um chamado a construirmos um amplo movimento de solidariedade ao povo de Honduras. Realizaremos todos nossos esforços de mobilização e apoio político e material para a luta organizada a partir da Frente Nacional de Resistência Contra o Golpe de Honduras que luta por : fim da repressão e restabelecimento das liberdades democráticas, recondução do presidente eleito Manoel Zelaya ao governo, punição aos golpistas e pela convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte. Repudiamos qualquer tentativa de acordo feito nos gabinetes que vise livrar os golpistas de qualquer punição e negar o direito ao povo hondurenho de decidir livremente seu destino em uma Assembléia Nacional Constituinte. Nos colocamos na defesa da embaixada do Brasil contra qualquer ataque ao presidente eleito Manuel Zelaya, aos ativistas e dirigentes que o acompanham, bem como contra qualquer funcionário da embaixada.

Para isso estaremos organizando : 

1- Manifestação em São Paulo, no dia 2 de outubro no vão do MASP, na av. Paulista, concentração à partir das 17 h;

2- Uma delegação unitária das organizações brasileiras para levar nosso apoio e solidariedade, nos próximos dias,  ao povo hondurenho;

3- Uma campanha de arrecadação de recursos para o apoio à resistência organizada pela Frente Nacional de Resistência Contra o Golpe de Estado.