CUT, por Marise Muniz
A CUT e as demais centrais sindicais se reúnem nesta quarta-feira (21), às 15h00, em Brasília, com o ministro da Fazenda Guido Mantega, para discutir dois itens que constam da pauta dos trabalhadores entregue à presidenta Dilma Rousseff no último dia 14.
Nesta primeira reunião, os dirigentes vão debater duas das reivindicações feitas: 1) isenção de imposto de renda na PLR – Participação sobre Lucros e Resultados; e, 2) progressividade na tabela de imposto de renda.
Na audiência da semana passada, o presidente da CUT, Artur Henrique, lembrou à Dilma que a pauta dos trabalhadores já havia sido entregue ao governo em 2011, porém, nada foi debatido ou encaminhado. Na ocasião, a presidenta determinou que a equipe econômica discutisse com os líderes sindicais alguns dos itens reivindicados.
Segundo Artur, o fim do IR sobre a PLR é uma questão de justiça. Afinal, a taxação não incide sobre os lucros dos empresários. Quanto à progressividade na tabela do imposto de renda, ele argumenta que quem ganha menos tem de pagar menos e, também, que é preciso taxar mais a especulação e desonerar a produção para incentivar investimentos, criação de emprego e renda.
O presidente da CUT lembra que, quando o governo acenou com a desoneração da folha, no lançamento do plano Brasil Maior, a central há havia deixado claro que o objetivo deveria ser aumentar o percentual patronal do INSS das empresas que contratam menos mão de obra para incentivar a contratação nas empresas que contratam mais trabalhadores.
“A segunda preocupação”, disse Artur, “era com relação ao futuro dos recursos da seguridade social”. Ele explicou que, quando o governo desonerou a folha de setores mais impactados pela crise econômica internacional, se comprometeu a formar um grupo de trabalho cuja tarefa seria avaliar quanto determinada empresa recolhia de INSS quando o percentual patronal era de 20% e quanto está recolhendo agora. Se o montante for menor o governo garantiu que o Tesouro repassaria a diferença. “Até agora, o GT não foi formalizado e ninguém sabe como andam as contas da Previdência Social. E agora o governo quer ampliar a desoneração”, critica Artur.
Além de Artur, parcipam da reunião com o ministro da Fazenda, os secretários Vagner Freitas, Administração e Finanças, e Manoel Messias, Relações do Trabalho; e os presidentes dos Sindicatos dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, e dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira Leite.
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