[Da redação da CUT]
Inclusão, cotas, representatividade, sujeito de direito, acessibilidade, trocas de experiências. Esses foram os tons das falas na abertura do 7º Encontro Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência da CUT, promovido pela Secretaria de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT e teve como Mediação: Maria Cleide Queiroz e Carlos Maciel, Coordenadores do Coletivo Nacional de trabalhadores e trabalhadoras com deficiência.
A abertura foi realizada na noite da última sexta-feira (16/08). O encontro prosseguiu nos dias 17 e 18 com conversas, palestras e grupos de debates com o objetivo de se achar caminhos para os assuntos essenciais da vida dos trabalhadores e trabalhadoras com deficiência.
Representantes de 12 estados – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Brasília, Pernambuco, Ceará, Piauí e Paraíba – ouviram as boas-vindas da Presidenta em exercício da CUT, Juvandia Moreira, do Secretário-Geral da CUT, Renato Zulato e Secretária Nacional de Políticas Sociais e Direitos Humanos, Jandyra Uehara que falou, entre outras coisas, da história e da importância do coletivo nacional dos trabalhadores e trabalhadoras com deficiência que começou a ser trabalhado há 21 anos.
Já Juvândia afirmou que “a luta não é apenas para melhorar a vida das Pessoas com Deficiência, é uma luta para melhorar a cidade, o país”.
O Secretário Geral, Renato Zulato, alertou: ”estamos em período de eleições municipais e, por isso, é hora de cobrar os candidatos para olharem para as pessoas com deficiência”. Ele lembrou, também, que acessibilidade é um dos assuntos que está na carta compromisso com os candidatos que a CUT elaborou para as eleições municipais.
Mais 3 convidados estiveram na mesa de boas-vindas e também falaram para uma plateia que lotou o auditório da CUT: Gonzalo Martinez de Vedia, diretor do Solidarity Center (uma entidade americana que trabalha em parceria com sindicatos, ONGs e grupos comunitários em todo o mundo para promover os direitos dos trabalhadores e incentivar o desenvolvimento econômico sustentável), Patrício Sambonino Rivera – Representante Regional para América Latina y El Caribe do Centro de Solidaridad Sindical de Finlândia SASK – e Naira Rodrigues Gaspar, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
Naira fez um balanço dos projetos que estão em andamento no governo federal para as pessoas com deficiência. Ela afirmou, também, que muitos outros foram abandonados pelo governo anterior e estão sendo recuperados e concluiu: “A gente precisa articular todas as políticas públicas para que as pessoas com deficiência tenham garantias de vida plena”.
As principais pautas desse encontro serão a inclusão de Pessoas com Deficiência (PCD) no mercado de trabalho, ações para organização e funcionamento dos Coletivos nos Estados, Sindicatos e Ramos, planejamento das ações para 2025 e eleição da Coordenação do Coletivo Nacional para o período 2024-2027. Saiba mais
“Duas questões vão orientar esse nosso encontro, a primeira é definir as políticas que nós vamos defender nesse próximo período, quais são as nossas prioridades. O segundo é o método, não existe trabalho efetivo que chegue na base sem vocês, portanto no nosso trabalho tem que ter coletivo. Não faz sentindo não existir os trabalhadores que tem que ter os protagonistas das suas lutas e seus processos”. Disse Jandyra Uehara.
Igor Andrade Cotrim A Secretária Nacional de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT, encerra sua fala fazendo uma saudação à delegação brasileira paralímpíca que começa a disputar, 28/08, as paralimpíadas de Paris.