Cuba denuncia na ONU efeitos do bloqueio econômico

Prensa Latina

A missão permanente de Cuba junto às Nações Unidas denunciou neste sábado os efeitos do bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra a ilha caribenha em setores como a educação, a cultura e o esporte.


Em um comunicado de imprensa, a representação diplomática explicou os elevados gastos adicionais provocados por esse cerco para a aquisição de material e produtos necessários para o sistema educacional cubano.

Igualmente, informou que várias das equipes esportivas de alto rendimento de Cuba nos últimos Jogos Olímpicos tiveram que prescindir de alguns implementos especializados produzidos por empresas estadunidenses.

Em outros casos, o país foi obrigado a recorrer a mercados distantes e adquiri-los a preços muito mais altos, sublinhou.

 

A esse respeito, o comunicado revelou que o Coliseu da Cidade Desportiva de Havana, uma instalação emblemática do desporto em Cuba, não pôde adquirir o sistema de climatização que requer para seu normal funcionamento.

Isso, devido a que os principais fabricantes e fornecedores do equipamento necessário são de fabricação norte-americana, o que provoca um prejuízo de 550 mil dólares, agregou a representação diplomática na ONU.

Ademais criticou a política de Washington que mantém as limitações ao intercâmbio acadêmico, científico e cultural com Cuba, através do bloqueio e “entorpecendo, por razões políticas, o intercâmbio de visitas de profissionais em ambos os sentidos”.

No próximo dia 13 de novembro a Assembleia Geral considerará pelo vigésimo primeiro ano consecutivo um projeto de resolução apresentado por Cuba e que exige o fim do bloqueio norte-americano.

Durante o recente debate anual de alto nível da Assembleia Geral da ONU, chefes de governo ou de Estado de 45 países exigiram explicitamente o levantamento do bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba.

Esse cerco ocasionou ao país antilhano um prejuízo econômico ascendente, até dezembro de 2011, a mais de um trilhão de dólares, considerando a depreciação do dólar frente ao valor do ouro no mercado internacional.