Critérios para mudança na jornada têm que ser consensuados para preservar direitos

A FUP realizou nesta sexta-feira, 03, sua primeira reunião com a Petrobrás para discutir a proposta da empresa de redução de jornada com redução de salário para os trabalhadores do regime administrativo vinculados ao horário flexível.  A Federação deixou claro que o objetivo desse debate específico na Comissão de Regimes de Trabalho é garantir regras transparentes e consensuadas com as entidades sindicais, de forma a preservar os direitos dos trabalhadores e garantir que a mudança na jornada seja de fato opcional e não se transforme em mais uma ferramenta de assédio e pressão por parte dos gestores.

Os sindicalistas também expressaram sua preocupação com a possibilidade da empresa utilizar esse precedente no futuro para alterar outros regimes de trabalho ou privilegiar quem não se enquadre dentro das regras acordadas.  Por isso, as direções sindicais ressaltaram a importância de se discutir com cautela a proposta da Petrobrás para que as mudanças sejam estabelecidas de comum acordo, garantindo, assim, estabilidade e segurança aos trabalhadores.

Neste sentido, a FUP propôs que as reuniões sobre esse tema sejam realizadas todas as quintas-feiras e reafirmou que ao final de cada rodada de negociação, os pontos que forem avançando na discussão, sejam fechados de forma consensuada.  A Petrobrás concordou e iniciou o debate apresentando o escopo de sua proposta, esclarecendo as dúvidas e preocupações das direções sindicais.

A próxima reunião ocorrerá no dia 09. A FUP propôs que as rodadas sejam realizadas de forma intercalada nas sedes da empresa e da Federação. Os representantes da Petrobrás irão avaliar essa cobrança.

Horas extras gerenciáveis           

A FUP cobrou que a Petrobrás apresente o mais rápido possível um estudo detalhado sobre as horas extras gerenciáveis, uma caixa preta que precisa ser aberta, já que, só em 2015, a empresa gastou mais de R$ 1 bilhão com horas extraordinárias que são controladas e geridas exclusivamente pelas gerências.  As direções sindicais também deixaram claro que o debate com a empresa sobre horas extras terá como base o quantitativo e não os percentuais de acréscimo. A Petrobrás informou que discutirá essa questão com a FUP mais à frente. 

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