Os “sem terrinha”, como são conhecidas as crianças dos assentamentos e acampamentos do
Imprensa da FUP
Os “sem terrinha”, como são conhecidas as crianças dos assentamentos e acampamentos do MST, prestaram uma homenagem, na manhã deste sábado, 04, aos delegados da I PlenaFUP. Durante a abertura dos trabalhos em grupo, que ocorrem neste terceiro dia da plenária, as crianças que integram a Ciranda Infantil da Escola Latino Americana de Agroecologia (ELAA), onde ocorre o evento, apresentaram aos delegados um poema escrito por elas. O texto, intitulado “O que os petroleiros vem fazer na Escola?” retrata como as crianças entendem as conquistas obtidas com as obras de reforma e melhorias na infra-estrutura da escola, através da realização da plenária da FUP.
O poema foi criado durante a oficina de textos da Ciranda Infantil da ELAA, que atende cerca de 30 crianças de zero a 12 anos, filhos dos alunos, professores e funcionários da escola. Leia na íntegra o texto:
O que os petroleiros vem fazer na Escola?
Petróleo! Eles vem estudar!!
Nossa escola está ficando mais bonita, muita coisa foi mudada.
Aqui tem mesas, barracas, passaram aquela coisa branca na parede, está mais bonita.
Os banheiros têm vasos e lugar pra tomar banho, foram pintados.
Tem muita coisa nova.
Na ciranda tem casinha, colorida. Brincamos com panelinha e boneca, e teremos mais. Também brincamos de bola.
Para nós, brincar é o futuro, brincar é ficar perto dos amigos (e também das amigas).
A ELAA está ficando cada dia melhor.
Nossos pais estão trabalhando. Tem mãe que limpa os banheiros, que lava as janelas, que cozinha. Tem pai roçando e trabalhando na obra.
Mas ainda temos muita coisa pra fazer. E somos nós quem vamos continuar essa construção.
Escola é lugar de estudar, de aprender, de sonhar e construir nosso futuro.
Obrigado!!
Oficina de Texto na Ciranda da ELAA dia 01/07/2009. Autores: Alex de Paula Sampaio, 5 anos; Diane Veiga Schons, 5 anos; Hugo Vitor Barbosa, 6 anos; Jaqueline de Paula Sampaio, 8 anos; Jocielcio de Paula Sampaio, 11 anos; Luana Moreira, 4 anos.