Cresce a pressão pelo restabelecimento do extraturno na Petrobrás

O pagamento dos feriados para os trabalhadores do turno foi um dos pontos enfatizados pela FUP…

Imprensa da FUP

O pagamento dos feriados para os trabalhadores do turno foi um dos pontos enfatizados pela FUP na reunião da Comissão de Regimes de Trabalho. A Federação cobrou da Petrobrás uma negociação específica sobre esta questão, ressaltando a urgência da empresa corrigir as distorções e discriminações geradas por um dos maiores ataques sofridos pela categoria durante o ápice do neoliberalismo.

Em 1999, contrariando o indicativo da FUP, os petroleiros abriram mão do extraturno, em troca de uma indenização proposta pela Petrobrás, seguindo a política neoliberal do governo FHC de ataque aos direitos da classe trabalhadora. Na Replan, uma liminar conquistada na época pelo Sindipetro Campinas (hoje unificado com Mauá e São Paulo, através do Sindipetro Unificado SP) garantiu a manutenção da dobradinha (pagamento em dobro do feriado trabalhado). A Petrobrás, no entanto, tem ameaçado cortar o pagamento para os trabalhadores da refinaria que foram admitidos nos anos seguintes.

No Paraná, onde os petroleiros da Repar e da Six, através de uma ação ganha pelo Sindipetro, conquistaram o retorno do pagamento da dobradinha, a empresa discrimina os trabalhadores novos, que continuam sem receber os feriados trabalhados. A FUP enfatizou para a Petrobrás que esta situação tende a se acirrar ainda mais, pois outros sindicatos estão com ações trabalhistas para restabelecer o extraturno. A Federação fará um levantamento nacional de todas as ações em andamento na Justiça e orienta os sindicatos que ainda não se mobilizaram que entrem com ações contra a Petrobrás, cobrando o extraturno.