A CPI da Corrupção foi instalada oficialmente ontem, 26, às 17h , na sala da presidência…
A CPI da Corrupção foi instalada oficialmente ontem, 26, às 17h , na sala da presidência da Assembleia Legislativa. A deputada Stela Farias, que presidirá a CPI, anunciou nesta quarta-feira as linhas gerais da metodologia que usará para dirigir os trabalhos da comissão.
Segundo a parlamentar, além de buscar informações de órgãos de fiscalização e controle que já se mostraram dispostos a colaborar, a comissão deverá ouvir cerca de 60 pessoas, entre indiciados e testemunhas.
Além da governadora mais oito pessoas são acusadas do esquema que teria desviado R$ 44 milhões dos cofres públicos. Yeda ainda terá que enfrentar dois pedidos de impeachment, além da CPI. Um dos pedidos foi apresentado pelo PSOL e o outro, por servidores do governo.
“Nosso propósito é o de trazer a verdade à tona com todo o rigor técnico. Vamos trabalhar para produzir provas e para verificar o grau de responsabilidade dos envolvidos nas denúncias. Não iremos montar nenhum palanque eleitoral, como alardeiam alguns setores, nem permitiremos que transformem a comissão num piquenique”, garantiu Stela.
A idéia é começar os depoimentos pelos ex-presidentes do Detran, Estela Máris Simon, e Sérgio Buchmann. Na relação da presidente da CPI, figuram ainda o chefe de gabinete da governadora, Ricardo Lied, o ex-secretário da Transparência, Carlos Otaviano Brener de Moraes, a ex-secretrária adjunta de Obras, Rosi Bernardes, o ex-diretor da CEEE Antônio Dorneu Maciel, Lair Ferst, o ex-presidente do Detran, Flavio Vaz Neto, o ex-secretário Geral de Governo Délcio Martini, a assessora especial da governadora, Walna Villarins Meneses, a assessora de imprensa do governo, Sandra Terra e o ex-marido da governadora Carlos Crusius, entre outros.
O relator da CPI será o deputado Coffy Rodrigues (PSDB), colega de partido de Yeda. Ele chegou a adiantar que dará prioridade para ouvir os dois ex-presidentes do Departamento de Trânsito (Detran), Estela Maris Simon e Sérgio Buchmann.
Coffy Rodrigues quer otimizar o tempo de trabalho da CPI e, por isso, é contra incluir o depoimento das pessoas já indiciadas pelo Ministério Público Federal e que foram ouvidas na CPI do Detran, que funcionou anteriormente.
Contrária à posição do tucano, Stela quer reinquirir quem já depôs na CPI do Detran. Ela acusa o relator de tentar "blindar" o governo.“Muitos mentiram ou omitiram fatos. Agora, temos elementos para explorar as contradições e buscar a verdade. Além disso, muitos dos que foram ouvidos na CPI do Detran estão também vinculados à fraude apurada pela Operação Solidária”, disse a deputada. O plano de trabalho da deputada prevê duas sessões semanais. Uma nas segundas a partir das 14 horas, e outras nas quintas depois da sessão plenária.